Oi mundo! Não, eu não desisti de contar sobre tudo não... É que ficou tudo um pouco corrido e não deu tempo de atualizar. Mas eis aqui! Com menos de um mês para viagem e a ansiedade a mil.
Se você não tem ideia do que eu tô falando, clique aqui.
Hoje vou falar sobre a decisão de se locomover em Orlando. Eu acho que isso muda muito de acordo com o lugar que você vai. Por exemplo, quando fui para Europa escolhi andar de trem e metrô, que funciona muito bem nas grandes cidades Europeias. Além de existir nos metrôs de Londres e Paris uma espécie de pacote que você paga um valor de mais ou menos uns 40 euros e anda a vontade durante uma semana. O metrô é magico, funciona e te leva pra todos os lugares que você precisa.
Quando estava pesquisando sobre a ideia inicial de voltar para Europa cheguei a olhar o aluguel de carro para ir a Itália. Lá, por exemplo, tem uma paisagem bonita de vinhedos e flores para passear. Então a resposta sobre como se locomover é sempre: depende!
Além da opção do carro, também existe o motorhome - o ônibus ou van que vira uma casa. Você paga um pouco mais caro no carro, mas economiza bastante com a hospedagem. Para saber um pouco de experiência de alugar a viajar de motor home, clique aqui. Estou indicando um outro blog porque não conheço, nunca fiz. Citei porque imagino que deve ser uma ótima experiência.
Outra variação é a quantidade de pessoas que viaja com você. No caso de ir sozinha eu indico sempre depender do transporte publico, independente do lugar. Mesmo alugando um carro nos EUA que é bem barato, o valor ficaria muito pesado considerando ser usado para apenas uma pessoa. Pelo que li e conversei com as pessoas existem ônibus que saem dos hotéis em Orlando. Então, claro que você vai ficar preso a horários para ir e voltar, mas pelo menos tem uma opção de se locomover.
Em nosso caso, optamos pelo aluguel de carro. Primeiro porque o transporte publico em Orlando não é como o de Londres. (risos). Minhas pesquisas me disseram que era a melhor escolha, além de que minhas buscas me deram uma tarifa incrível! Atenção no caso de alugar carros no exterior é sempre importante dar uma pesquisada sobre a validação de sua carteira de motorista no país de destino. No caso dos Estados Unidos, essa lei pode variar de Estado para Estado. Na Flórida, a carteira de habilitação nacional do Brasil vale. Ou seja, não é necessário ir atrás da Permissão Internacional para Dirigir. Outra atenção é sobre a idade, não que a lei exija alguma coisa, mas normalmente as locadoras cobram um valor a mais para habilitados menos de 25 anos e/ou com carteira de motorista provisória. O meu amado site Vai pra Diney explica direitinho sobre todas as taxas, implicações e possíveis problemas que você pode ter ao alugar um carro em Orlando.
Eu fiquei pesquisando a tarifa do carro por mais ou menos um mês pelo site Rent Car. Esse é um site mais ou menos como a Decolar.com só que com carros. Ou seja, é uma série de locadoras de carro e o site filtra aquela com melhor preço na época e local que você viaja. Em minha opinião, o melhor local para pegar e retirar o carro é sempre no aeroporto que você vai descer. O valor muda bem pouco e a comodidade compensa. Como eu falei, estava pesquisando e o preço não variava muito, até que um belo dia achei uma promoção de 35 reais por dia. Comprei na hora. Compramos faltando uns 3 meses para a viagem.
Outra dica importante é não alugar o carro com GPS, segundo minhas pesquisas e conversas é possível comprar um GPS bem mais barato do que o aluguel cobrado pelas locadoras.
Ah outra coisa interessante que li esses dias por algum site aí foi que algumas locadoras em Orlando oferecem o contrato de locação em português. Vale a pena perguntar!
E atenção sempre na compra. Leia tudo e siga as instruções a risca. Ainda não posso dar minha opinião sobre os carros pois nunca aluguei nada no exterior. Conto na volta! ;)
Espero ter ajudado, o próximo post vou falar da escolha em levar dinheiro, cartão ou travel money. Acompanhem e dê opiniões!
Para acompanhar a história toda, clique aqui.
"O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.” LISPECTOR, Clarice
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
um quase-tabu,o visto americano
Oi mundo! Hoje vou falar sobre os documentos necessários para a ida para Disney e aproveitar e falar sobre os documentos necessários também para alguns países que conheço. Se você não tem ideia do que eu to falando, clique aqui.
Depois do momento de euforia por ter feito um bom negócio e pagado bem barato num pacote de viagem, caímos na real: ei precisa de visto para entrar nos Estados Unidos,fudeu! ãrn., péra, vamos pensar sobre isso...
Minha mãe não tinha passaporte, meu pai estava com o dele vencido e nenhum dos três tinha o visto americano. Eu indico que se você quer ir para os Estados Unidos, comece a dar entrada na documentação antes de comprar suas passagens como eu fiz. Porque eu corri o risco de dar tudo errado entende? Tanto o visto quanto o passaporte tem datas de validade grandes, então não tem problema você dar entrada bem antes da viagem. Sem falar que acaba indo um pouco de dinheiro, então o planejamento é essencial.
Se você está planejando viajar para algum país do Mercosul, boa notícia, sua identidade é o suficiente. O passaporte é super dispensável. Os países do Mercosul podem ser consultados aqui.
Para tirar o seu passaporte no Brasil é bem simples. Basta entrar no site da polícia federal, preencher uma ficha com dados pessoais, pagar umaexorbitante taxa. Depois do boleto pago, é só entrar no sistema da Policia Federal e marcar uma data. Em condições normais, esse processo todo é bem rápido. No caso dos meus pais, deu para fazer tudo em uns 20 dias. Para informações mais detalhadas, entre no passo a passo pelo site da Polícia Federal, clicando aqui. Preste atenção na documentação necessária para menores de idade.
No caso do Rio de Janeiro, existem diversos pontos para dar entrada na cidade, mas no link a cima é possível acompanhar todas as informações. No dia e horário marcado é só aparecer lá com seu rostinho lindo. Eles vão tirar uma foto, coletar suas digitais e falar para você voltar depois de uns 10 dias para buscar o documento. E então está pronto.
Se você pretende viajar pela União Européia, a sua lista de documentos acaba aqui! Ok, é importante levar uma reserva de um hotel, ou a carta convite de alguém dono da casa que você vai se hospedar. Bem como um extrato de cartão (travel money e/ou cratão de credito) para provar que você tem dinheiro para viajar por lá. A imigração na UE é bem tranquila e normalmente todo mundo recebe autorização de ficar durante no máximo 6 meses batendo perna pelo "velho mundo".
Mas como nem tudo no mundo é tão fácil, se você assim como eu, pretende viajar para a America vai ter que dispor de mais um pouquinho de dinheiro e tempo. Visto Americano. Existem diversos tipos de visto para entrar nos EUA, mas como aqui estamos falando de turismo, vou me atentar para esse tipo. Você pode conseguir um passo a passo do precedimento no site do consulado americano no Brasil. Mas em resumo, preencha o DS-160 (formulário online em inglês disponível no site do consulado). Esse é um formulário que deve ser preenchido com calma e conferido para que nenhuma informação seja completada errada. Qualquer erro no DS-160 causa uma recusa no visto. Um dica para quem não domina muito o inglês, não está com paciência para o preenchimento do formulário ou está morrendo de medo de dar alguma coisa errada nesse processo é contratar uma agência para esse trabalho. Uma amiga contratou uma aqui no Rio quando foi para a Disney no começo do ano por menos de R$ 100 por pessoa e a agencia faz todo o procedimento burocrático para você. Eu não lembro o nome da agência, mas quem tiver interesse pode entrar em contato pelo telefone: (21) 981159238.
Depois do formulário preenchido outra taxa do consulado americano. Então você entra em um outro site para marcar as duas visitas. (no caso de contratar uma agência, ela também fará a marcação para você). São duas visitas: 1- cadastro de fotos e digitais (No Rio o prédio é no Humaitá); 2- entrevista no consulado americano (no Centro do Rio). Esse processo todo durou um mês. Fizemos o processo todo os três juntos e todas entrevistas foram feitas em família. Se tiver for viajar em família, faça o processo com seus familiares, facilita tudo.
Dicas pessoais da temida entrevista.
1- você não tem nada a temer, então não fique com medo e conte a verdade. Eles falam em português!!
2- seja firme e no caso de entrevistas em família combine com uma pessoa só falar para não dar a impressão de nervosismo
3- você está sendo observado desde a hora que entra na fila, haja naturalmente
4- tome cuidado com o visto para menores de idade, siga rigorosamente os procedimentos que vai receber durante o processo.
5- pesquise, leia e converse com todo mundo que você conhece que já passou por isso. A internet está aí para facilitar a vida, aproveite! Comece a pesquisa com esse artigo do Vai pra Disney?.
Não se preocupe, a organização é extrema e todo o passo a passo é recebido pelo e-mail. No dia do cadastro de digitais e da entrevista vá obrigatoriamente com o seu DS-160 e no dia da entrevista não é permitido entrar com celular e nem objetos cortantes.
Ao contrário do que parece, não tem segredo nenhum, seguindo rigorosamente os passos exigidos pelo consulado não tem erro. Daí é só ouvir "visto concedido e boa viagem".
Claro que ficamos apreensivos e que dá aquele medinho básico. Principalmente porque já tínhamos comprado tudo e precisava dar tudo certo. Talvez por isso que tomamos todos os cuidados necessários para dar tudo certinho mesmo. E deu.
Optamos por receber os passaportes em casa e depois de uns 15 dias eles chegaram com as anotações do visto americano e a autorização de 10 anos.
Países como o Canadá também é necessário de visto para entrar. Eu não conheço muito o procedimento, mas o ideal seja no Canadá ou em qualquer outro país é buscar informações pelos sites do consulados. Não tem erro buscando a informação no lugar certo.
Depois foi só alegria e sorriso. Podíamos planejar de verdade nossa viagem.
Amanhã conto sobre o aluguel do carro, documentos para dirigir e a escolha por esse meio de transporte.
O texto ficou gigante eu sei, mas esses procedimentos de documentos são burocráticas mesmo. Mas não são impossíveis e nem tão complicados quanto parece. Se joguem de cabeça galera!
Para ver outros posts, acessem aqui.
Perguntem e participem.
Depois do momento de euforia por ter feito um bom negócio e pagado bem barato num pacote de viagem, caímos na real: ei precisa de visto para entrar nos Estados Unidos,
Minha mãe não tinha passaporte, meu pai estava com o dele vencido e nenhum dos três tinha o visto americano. Eu indico que se você quer ir para os Estados Unidos, comece a dar entrada na documentação antes de comprar suas passagens como eu fiz. Porque eu corri o risco de dar tudo errado entende? Tanto o visto quanto o passaporte tem datas de validade grandes, então não tem problema você dar entrada bem antes da viagem. Sem falar que acaba indo um pouco de dinheiro, então o planejamento é essencial.
Se você está planejando viajar para algum país do Mercosul, boa notícia, sua identidade é o suficiente. O passaporte é super dispensável. Os países do Mercosul podem ser consultados aqui.
Para tirar o seu passaporte no Brasil é bem simples. Basta entrar no site da polícia federal, preencher uma ficha com dados pessoais, pagar uma
No caso do Rio de Janeiro, existem diversos pontos para dar entrada na cidade, mas no link a cima é possível acompanhar todas as informações. No dia e horário marcado é só aparecer lá com seu rostinho lindo. Eles vão tirar uma foto, coletar suas digitais e falar para você voltar depois de uns 10 dias para buscar o documento. E então está pronto.
Se você pretende viajar pela União Européia, a sua lista de documentos acaba aqui! Ok, é importante levar uma reserva de um hotel, ou a carta convite de alguém dono da casa que você vai se hospedar. Bem como um extrato de cartão (travel money e/ou cratão de credito) para provar que você tem dinheiro para viajar por lá. A imigração na UE é bem tranquila e normalmente todo mundo recebe autorização de ficar durante no máximo 6 meses batendo perna pelo "velho mundo".
Mas como nem tudo no mundo é tão fácil, se você assim como eu, pretende viajar para a America vai ter que dispor de mais um pouquinho de dinheiro e tempo. Visto Americano. Existem diversos tipos de visto para entrar nos EUA, mas como aqui estamos falando de turismo, vou me atentar para esse tipo. Você pode conseguir um passo a passo do precedimento no site do consulado americano no Brasil. Mas em resumo, preencha o DS-160 (formulário online em inglês disponível no site do consulado). Esse é um formulário que deve ser preenchido com calma e conferido para que nenhuma informação seja completada errada. Qualquer erro no DS-160 causa uma recusa no visto. Um dica para quem não domina muito o inglês, não está com paciência para o preenchimento do formulário ou está morrendo de medo de dar alguma coisa errada nesse processo é contratar uma agência para esse trabalho. Uma amiga contratou uma aqui no Rio quando foi para a Disney no começo do ano por menos de R$ 100 por pessoa e a agencia faz todo o procedimento burocrático para você. Eu não lembro o nome da agência, mas quem tiver interesse pode entrar em contato pelo telefone: (21) 981159238.
Depois do formulário preenchido outra taxa do consulado americano. Então você entra em um outro site para marcar as duas visitas. (no caso de contratar uma agência, ela também fará a marcação para você). São duas visitas: 1- cadastro de fotos e digitais (No Rio o prédio é no Humaitá); 2- entrevista no consulado americano (no Centro do Rio). Esse processo todo durou um mês. Fizemos o processo todo os três juntos e todas entrevistas foram feitas em família. Se tiver for viajar em família, faça o processo com seus familiares, facilita tudo.
Dicas pessoais da temida entrevista.
1- você não tem nada a temer, então não fique com medo e conte a verdade. Eles falam em português!!
2- seja firme e no caso de entrevistas em família combine com uma pessoa só falar para não dar a impressão de nervosismo
3- você está sendo observado desde a hora que entra na fila, haja naturalmente
4- tome cuidado com o visto para menores de idade, siga rigorosamente os procedimentos que vai receber durante o processo.
5- pesquise, leia e converse com todo mundo que você conhece que já passou por isso. A internet está aí para facilitar a vida, aproveite! Comece a pesquisa com esse artigo do Vai pra Disney?.
Não se preocupe, a organização é extrema e todo o passo a passo é recebido pelo e-mail. No dia do cadastro de digitais e da entrevista vá obrigatoriamente com o seu DS-160 e no dia da entrevista não é permitido entrar com celular e nem objetos cortantes.
Ao contrário do que parece, não tem segredo nenhum, seguindo rigorosamente os passos exigidos pelo consulado não tem erro. Daí é só ouvir "visto concedido e boa viagem".
Claro que ficamos apreensivos e que dá aquele medinho básico. Principalmente porque já tínhamos comprado tudo e precisava dar tudo certo. Talvez por isso que tomamos todos os cuidados necessários para dar tudo certinho mesmo. E deu.
Optamos por receber os passaportes em casa e depois de uns 15 dias eles chegaram com as anotações do visto americano e a autorização de 10 anos.
Países como o Canadá também é necessário de visto para entrar. Eu não conheço muito o procedimento, mas o ideal seja no Canadá ou em qualquer outro país é buscar informações pelos sites do consulados. Não tem erro buscando a informação no lugar certo.
Depois foi só alegria e sorriso. Podíamos planejar de verdade nossa viagem.
Amanhã conto sobre o aluguel do carro, documentos para dirigir e a escolha por esse meio de transporte.
O texto ficou gigante eu sei, mas esses procedimentos de documentos são burocráticas mesmo. Mas não são impossíveis e nem tão complicados quanto parece. Se joguem de cabeça galera!
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Perguntem e participem.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
o primeiro passo: a decisão
Hoje vou começar falando sobre como escolhemos ir para Disney e de que forma vamos fazer a viagem. Se você não tem ideia do que eu tô falando, leia aqui.
Nós queríamos fazer uma viagem para Europa em um primeiro momento. Claro que a Disney era um sonho, mas por inúmeros motivos a Europa entrou primeiro na preferencia da família. Comecei a pesquisar no final do ano passado. E nesse momento sempre surge a dúvida: agência de viagem? Pacote fechado? Faço tudo por conta? E se der errado? O que é melhor? O que é mais barato? E desculpe, mas a resposta é depende!
Minha família sempre viajou por conta e sem muitos planos, gostamos da falta de programação, do motivo para a oportunidade, de conhecer algo que não estávamos esperando. Então, em um primeiro momento claro que fazer tudo por conta parece o mais sensato. Mas como eu disse, nós nunca viajamos para fora os três. E a pouca experiência que tenho sozinha é em hostels baratos e sujos da Europa. Por isso, claro que por desencargo de consciência consultei grandes agências de viagem com pacotes em grupos (Tipo CVC) e consultei uma agencia indicação de uma amiga da minha mãe para cotação de preços. Fui muito bem atendida e você pode saber mais sobre a agência aqui. Agora se você não quer se dar o trabalho de precisar organizar por conta própria a viagem, os grupos de agências podem funcionar muito bem. Valores mais em conta e toda a programação pronta. Essa é uma segurança para quem morre de medo de chegar em um lugar que não conhece e se arriscar a conhecer sozinho. Mas como eu falei a preferencia da família é sempre fazer o famoso by myself. Mas claro que pesquisando todas as opções possíveis, porque vai que aparece alguma coisa boa bonita e barata no meio do caminho né?
No caso da Europa começamos com passagens. Já sabíamos mais ou menos a época que seriam as férias e fomos pesquisando preço. Só que para o desespero geral da nação as passagens estavam caras DEMAIS. Os hotéis eu nem comecei a cogitar com meus pais. Então teve um stress e desistimos de viajar.
Só que para a alegria geral do mundo eu sou uma pessoa viciada em passagens aéreas. Fico buscando a toa, só para ter noção de preço e essas coisas. O meu principal local de busca é o Decolar.com. Não que eu compre sempre por lá, mas dá uma facilitada imensa! Melhor do que ficar olhando companhia por companhia na hora de comprar passagens. E foi de lá que veio minha reserva! Eu encontrei esse pacote para a Disney pesquisando a toa no Decolar e pirei. A principio houve um pouco de resistência do meu pai, mas ele enfim cedeu e mandou eu comprar "essa merda" (e quem conhece o meu dad consegue "ouvir" ele falando isso com certeza). E dai compramos, meio na loucura, meio no susto. Isso foi mais ou menos em março. Conseguimos uma tarifa de 2 mil reais por pessoa com um voo da Azul que faz Viracopos (Campinas) - Orlando direto + hotel + seguro viagem.
A dica do momento é dar uma abstraída da saída da cidade que você mora (principalmente se você morar no Rio). Porque as tarifas podem ser muito mais altas. A diferença entre sair do Rio e sair de Campinas foi de quase mil reais por pessoa! E uma passagem Rio-Campinas de avião não passa de 500 reais (pagando muito caro) ida e volta com taxas! Por isso a palavra chave é: pesquise!
No nosso caso Campinas é um lugar super fácil, porque podemos ir de carro e passar uns dias antes da viagem. Mas mesmo que fosse São Paulo, ou sei lá, Curitiba, valia a pena a pesquisa de um voo por fora. Com os três conseguimos economizar quase 3 mil reais com um viagem que vamos gastar uns 300 de carro pra ir e voltar.
1- você já sabe quando será a viagem (se tiver condições escolha fora do período de férias escolares e longe de feriados - não se esqueça de checar o período de férias escolares no país que você vai também!)
2- esteja aberto a uma segunda e uma terceira opção. Os valores podem te surpreender e nesse caso a oportunidade faz a escolha
3- faça pesquisas com a saída em outros aeroportos em cidades relativamente perto da sua.
4- e o principal: pesquise, pesquise muito! Eu sugiro uma antecedência de uns 10 meses, 12 no máximo. Antes disso, guarde dinheiro e não tome nenhuma decisão. As coisas mudam muito em um ano e os valores também!
Amanhã vou contar sobre o tabu da documentação (passaportes e visto americano!). Pre-pa-ra o coração!
Para ver todos os posts clique aqui
Se tiver dúvidas, sugestões ou comentários, fique a vontade! Espero que estejam gostando!
C:
domingo, 16 de agosto de 2015
Vai pra Disney?
Oi mundo! Estou viva! E dessa vez não vou escrever crônicas ou poemas. Hoje eu vou começar um novo projeto aqui e o tema é um de meus preferidos: viagens!
Vocês que leem aqui minhas histórinhas já conhecem o meu dbUFSC e o dbEuropa certo?
Estou planejando a minha primeira viagem para Orlando para daqui pouco mais de um mês. Vou com meus pais e vai ser a nossa primeira viagem internacional em família. Certa de que vai rolar muitas histórias engraçadas, experiências e momento incríveis, resolvi novamente compartilhar com vocês. Seja porque sou uma pessoa legal que tem um monte de dicas de pesquisas para viajar gastando pouco, seja porque sou egoísta e gosto de escrever tudo isso para que eu tenha tudo guardadinho e registrado.
Pois então, nos próximos dias pretendo reunir aqui todo o planejamento da viagem, as dicas de sites para reservas, o meu jeito de encarar todas essas informações e como eu tenho lidado com toda essa ansiedade da primeira vez na Disney.
Para isso é importante que vocês entendam duas coisas muito importantes, talvez três:
1- eu sou da geração Disney. Minha infância toda foi de desenhos de princesas, brinquedos do Mickey e sonhos que a Disney podia realizar através de um filme, de uma musica ou de um desenho.
2- desde que eu me entendo por gente eu faço viagens com meus pais e as férias em família é algo muito importante para nós três. Normalmente viajamos de carro pelo Brasil sem muita programação e por isso
3- essa viagem é um marco pra nossa história familiar. Tanto porque é a primeira vez que conseguimos fazer uma viagem internacional quanto porque há uns 5 ou 6 anos ir para Disney era uma realidade extremamente distante para os três. Era algo impossível de se conseguir, caro, trabalhoso e surreal.
Principalmente por conta do terceiro motivo eu resolvi escrever sobre isso. Tudo que tenho lido sobre o assunto trata a viagem de uma forma muito possível e natural. E para muita gente (tipo a minha família) não é! Só que com um pouco de boa vontade, programação, disposição e principalmente pesquisa é possível sim! Nós estamos programando mais ou menos desde março e agora já tão perto e tá quase tudo encaixado para ir, mas ainda assim parece um sonho. Que vai se realizar, que vai acontecer!
Espero que gostem de acompanhar isso comigo, espero que aproveitem e se animem para viajar!
Eu pretendo juntar aqui tudo que tenho pesquisado nos últimos meses e encaminhar alguns sites que foram muito importantes em todas as escolhas que fizemos. Vou tentar postar uma vez por dia, com cada tema diferente. Mas fiquem a vontade para perguntar, a minha ideia é principalmente ajudar a desmistificar a ideia que viajar para o exterior é algo impossível. E só para começar a brincar e aguçar a curiosidade, consegui tarifas de passagem e hotel por 2 mil reais por pessoa para 10 dias. Sim reais!
A dica do dia é, minha bíblia dos últimos meses tem sido o site Vai pra Disney?
Informações de hotel a dicas de segurança!
Vocês que leem aqui minhas histórinhas já conhecem o meu dbUFSC e o dbEuropa certo?
Estou planejando a minha primeira viagem para Orlando para daqui pouco mais de um mês. Vou com meus pais e vai ser a nossa primeira viagem internacional em família. Certa de que vai rolar muitas histórias engraçadas, experiências e momento incríveis, resolvi novamente compartilhar com vocês. Seja porque sou uma pessoa legal que tem um monte de dicas de pesquisas para viajar gastando pouco, seja porque sou egoísta e gosto de escrever tudo isso para que eu tenha tudo guardadinho e registrado.
Pois então, nos próximos dias pretendo reunir aqui todo o planejamento da viagem, as dicas de sites para reservas, o meu jeito de encarar todas essas informações e como eu tenho lidado com toda essa ansiedade da primeira vez na Disney.
Para isso é importante que vocês entendam duas coisas muito importantes, talvez três:
1- eu sou da geração Disney. Minha infância toda foi de desenhos de princesas, brinquedos do Mickey e sonhos que a Disney podia realizar através de um filme, de uma musica ou de um desenho.
2- desde que eu me entendo por gente eu faço viagens com meus pais e as férias em família é algo muito importante para nós três. Normalmente viajamos de carro pelo Brasil sem muita programação e por isso
3- essa viagem é um marco pra nossa história familiar. Tanto porque é a primeira vez que conseguimos fazer uma viagem internacional quanto porque há uns 5 ou 6 anos ir para Disney era uma realidade extremamente distante para os três. Era algo impossível de se conseguir, caro, trabalhoso e surreal.
Principalmente por conta do terceiro motivo eu resolvi escrever sobre isso. Tudo que tenho lido sobre o assunto trata a viagem de uma forma muito possível e natural. E para muita gente (tipo a minha família) não é! Só que com um pouco de boa vontade, programação, disposição e principalmente pesquisa é possível sim! Nós estamos programando mais ou menos desde março e agora já tão perto e tá quase tudo encaixado para ir, mas ainda assim parece um sonho. Que vai se realizar, que vai acontecer!
Espero que gostem de acompanhar isso comigo, espero que aproveitem e se animem para viajar!
Eu pretendo juntar aqui tudo que tenho pesquisado nos últimos meses e encaminhar alguns sites que foram muito importantes em todas as escolhas que fizemos. Vou tentar postar uma vez por dia, com cada tema diferente. Mas fiquem a vontade para perguntar, a minha ideia é principalmente ajudar a desmistificar a ideia que viajar para o exterior é algo impossível. E só para começar a brincar e aguçar a curiosidade, consegui tarifas de passagem e hotel por 2 mil reais por pessoa para 10 dias. Sim reais!
A dica do dia é, minha bíblia dos últimos meses tem sido o site Vai pra Disney?
Informações de hotel a dicas de segurança!
sexta-feira, 26 de junho de 2015
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente precisa externar mas não quer abrir mão
quando o chão sai debaixo dos pés e não há mais como caminhar
quando o caminho fecha e a gente é obrigado a voltar para buscar um facão para abrir.
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente precisa externar e não quer abrir mão
porque falar é fazer real
porque contar para alguém é fazer com que n]ao seja mais exclusivamente nosso.
possessivo, egoísta
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente quer externar e não quer abrir mão
quando a gente não consegue lidar com a diferença
de idade, de religião, de pensamento, de geração
muda, mudança, movimento.
quando a gente precisa externar mas não quer abrir mão
quando o chão sai debaixo dos pés e não há mais como caminhar
quando o caminho fecha e a gente é obrigado a voltar para buscar um facão para abrir.
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente precisa externar e não quer abrir mão
porque falar é fazer real
porque contar para alguém é fazer com que n]ao seja mais exclusivamente nosso.
possessivo, egoísta
quando a gente quer escrever e não consegue
quando a gente quer externar e não quer abrir mão
quando a gente não consegue lidar com a diferença
de idade, de religião, de pensamento, de geração
muda, mudança, movimento.
terça-feira, 26 de maio de 2015
Máscaras
Ele sempre foi o garoto perfeito. Quando namorava era fiel, quando estava solteiro era sincero. Não brincava com o sentimento alheio, era atencioso com as amigas, era gente boa com os amigos. Tinha lindo olhos claros. Todas as mulheres do mundo queriam. E aquela outra moça teve, teve ele nas mãos.
Foi um lance rápido, intenso e muito confuso. Só que a moça conseguiu ler, entender e interpretar cada pedacinho da cabeça dele. Ela conseguiu desfazer todas as máscaras de um bom garoto.
Não que ele fosse ruim, de jeito nenhum. Ele se fazia de bom, para fazer com que as pessoas o achassem malvado e então conseguir se esconder. Se escondia atrás de máscaras imensas, fantasmas gigantes. Era sua proteção. Era sua proteção para os problemas de saúde, da vulnerabilidade que sentia longe de casa, da personalidade de querer ajudar a todos. Sua proteção. Era sua proteção para a falta de personalidade, para a falta.
O que deu ruim é que a moça enxergou por trás daqueles lindos olhos claros. Ela também usava um monte de máscaras e reconheceu de longe um medroso como ela. O garoto ficou, em um primeiro momento, encantado. Mas depois assustou. Porque saber de todas as suas máscaras, conhecer todos os seus segredos, interpretar todas as atitudes assusta. Porque quando você usa mascaras, é justamente para que ninguém saiba o que vem por trás delas. E é assustador quando alguém descobre. Assim com tanta facilidade, o que a gente é de verdade. E aquele garoto menino que nem tinha aprendido o que era ficar longe da família ainda ficou desesperado. Ele não estava pronto para tirar as máscaras, não estava pronto para ter alguém que fosse mais que ele por perto. O garoto menino era só um menino. Não estava preparado para uma mulher independente que o via totalmente diferente que o mundo via, que o enxergava de um jeito que ele não queria ser enxergado, que não esperava. Afinal, tinha dado certo nos últimos 19 anos né?
Só que houveram complicações. Porque a garota achou que estava tudo perfeito. Afinal, ter a boa capacidade de leitura nunca foi um problema para as pessoas né? Ele sumiu, correu, fugiu, evitou e ela ficou sem saber o que fazer, sem saber o que fez. Mal sabia que não podia sair assim tirando as máscaras das pessoas. Mesmo quando você está completamente apaixonada por ela.
O menino encontrou uma menina - como ele - que era bem bobinha e nunca enxergou as máscaras. A moça colecionou mais uma máscara na vida e continuou caminhando, a procura de alguém que pudesse conviver com ela. A procura de alguém que - como ela tentou fazer - tirasse todas as suas máscaras, despisse ela toda. Ela ficou procurando alguém que entendesse seu olhar, por trás da mascara de felicidade.
Enquanto ele viveu uma vida morna e feliz com a menina boba. Um vida confortável e cheia de máscaras.
O garoto sentiu falta da moça para sempre. A moça nunca encontrou alguém que conseguisse tirar todas as suas amarras.
Foi um lance rápido, intenso e muito confuso. Só que a moça conseguiu ler, entender e interpretar cada pedacinho da cabeça dele. Ela conseguiu desfazer todas as máscaras de um bom garoto.
Não que ele fosse ruim, de jeito nenhum. Ele se fazia de bom, para fazer com que as pessoas o achassem malvado e então conseguir se esconder. Se escondia atrás de máscaras imensas, fantasmas gigantes. Era sua proteção. Era sua proteção para os problemas de saúde, da vulnerabilidade que sentia longe de casa, da personalidade de querer ajudar a todos. Sua proteção. Era sua proteção para a falta de personalidade, para a falta.
O que deu ruim é que a moça enxergou por trás daqueles lindos olhos claros. Ela também usava um monte de máscaras e reconheceu de longe um medroso como ela. O garoto ficou, em um primeiro momento, encantado. Mas depois assustou. Porque saber de todas as suas máscaras, conhecer todos os seus segredos, interpretar todas as atitudes assusta. Porque quando você usa mascaras, é justamente para que ninguém saiba o que vem por trás delas. E é assustador quando alguém descobre. Assim com tanta facilidade, o que a gente é de verdade. E aquele garoto menino que nem tinha aprendido o que era ficar longe da família ainda ficou desesperado. Ele não estava pronto para tirar as máscaras, não estava pronto para ter alguém que fosse mais que ele por perto. O garoto menino era só um menino. Não estava preparado para uma mulher independente que o via totalmente diferente que o mundo via, que o enxergava de um jeito que ele não queria ser enxergado, que não esperava. Afinal, tinha dado certo nos últimos 19 anos né?
Só que houveram complicações. Porque a garota achou que estava tudo perfeito. Afinal, ter a boa capacidade de leitura nunca foi um problema para as pessoas né? Ele sumiu, correu, fugiu, evitou e ela ficou sem saber o que fazer, sem saber o que fez. Mal sabia que não podia sair assim tirando as máscaras das pessoas. Mesmo quando você está completamente apaixonada por ela.
O menino encontrou uma menina - como ele - que era bem bobinha e nunca enxergou as máscaras. A moça colecionou mais uma máscara na vida e continuou caminhando, a procura de alguém que pudesse conviver com ela. A procura de alguém que - como ela tentou fazer - tirasse todas as suas máscaras, despisse ela toda. Ela ficou procurando alguém que entendesse seu olhar, por trás da mascara de felicidade.
Enquanto ele viveu uma vida morna e feliz com a menina boba. Um vida confortável e cheia de máscaras.
O garoto sentiu falta da moça para sempre. A moça nunca encontrou alguém que conseguisse tirar todas as suas amarras.
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Falta.
A gente vive. Sorri, diz bom dia, toma café, dá risada de algumas piadas sem graça, ouve algumas histórias. A gente pergunta se tá tudo bem e responde que tá bem também. A camiseta está passada, a calça está limpa e o sapato está engraxado. O cabelo está cortado, alinhado e hidratado. O sorriso continua no rosto, automaticamente e sem pensar. Existe um emprego, mesmo com a crise no país. Existe uma casa, dinheiro para pagar as contas, pais por perto, família feliz. Teve também uma sonhada viagem para a Africa. Perfeito, a vida que todo mundo pediu a Deus.
Não.
Porque parece que falta. Falta ar, falta tempo, falta sorriso. Falta. Falta o coração vibrando, os olhos brilhado, a perna tremendo. Falta. Falta o desafio, o medo, o frio na barriga. Falta a emoção, a hesitação, o tesão, falta o ão, o oitenta, o quente que queima, que machuca, que te dá vontade de chorar. Falta.
Mas não dá pra saber onde falta. Pode ser a falta de casa, a falta de compromisso, a falta de provas, a falta daquele trabalho. Só da pra saber que falta um monte de coisas, que a vida mudou, que tanta coisa acabou. E faz falta. Falta.
E daí faz um buraco no peito, deixa o coração frio, a vida morna. Dá vontade de começar tudo de novo, refazer, remontar, destruir e reconstruir.
Quero largar o hospital, largar o consultório, quero largar o mundo. Talvez eu só comece a segunda faculdade e vá estudar antropologia e morar com os índios. Ou eu faça um concurso para a PM para subir o morro e matar bandido. Talvez eu entre pro BOPE ou pra ROTA. Eu sinto falta da emoção, da falta de segurança.
Mas, será que dá pra sentir falta de alguma coisa que nunca tivemos?
Não.
Porque parece que falta. Falta ar, falta tempo, falta sorriso. Falta. Falta o coração vibrando, os olhos brilhado, a perna tremendo. Falta. Falta o desafio, o medo, o frio na barriga. Falta a emoção, a hesitação, o tesão, falta o ão, o oitenta, o quente que queima, que machuca, que te dá vontade de chorar. Falta.
Mas não dá pra saber onde falta. Pode ser a falta de casa, a falta de compromisso, a falta de provas, a falta daquele trabalho. Só da pra saber que falta um monte de coisas, que a vida mudou, que tanta coisa acabou. E faz falta. Falta.
E daí faz um buraco no peito, deixa o coração frio, a vida morna. Dá vontade de começar tudo de novo, refazer, remontar, destruir e reconstruir.
Quero largar o hospital, largar o consultório, quero largar o mundo. Talvez eu só comece a segunda faculdade e vá estudar antropologia e morar com os índios. Ou eu faça um concurso para a PM para subir o morro e matar bandido. Talvez eu entre pro BOPE ou pra ROTA. Eu sinto falta da emoção, da falta de segurança.
Mas, será que dá pra sentir falta de alguma coisa que nunca tivemos?
domingo, 19 de abril de 2015
Mudo ou vou pra Tailândia?
Eu vivi durante dois anos inteiros levantando na cama na segunda feira e indo para o trabalho. Aquele que me pagava bem, mas que não me realizava. Aquele que tinha os melhores amigos, os melhores profissionais, mas não me mostrava que eu estava fazendo alguma diferença profissionalmente. Aquele que me fazia mais feliz a cada nova descoberta, que me preenchia pessoalmente, mas me matava profissionalmente.
Eu vivi os últimos dois anos aceitando o morno da vida. Aceitando a vida. Dizendo para mim mesmo que era só o que o destino tinha a me oferecer. Eu vivi quase uma vida toda aceitando ser uma pessoa mediana. Um estudante mediano, uma pesquisador mediano, um profissional mediano. Porque eu sempre tava na média. Eu nunca me destaquei muito, nunca marquei muito as pessoas, os lugares.
Mas acordei na segunda como nos últimos dois anos e percebi que bastava. It's enough! Eu simplesmente entendi que não bastava ter um mega salário e descontar toda uma frustração profissional em viagens, passeios e bem estar.
Era hora de movimentação.
E então veio o medo, das frustrações, do não confirmado, do deu tudo errado e do continuo sendo mediano porque sempre foi assim. Veio o medo do não reconhecimento.
Ouvi muitas pessoas, ouvi muita torcida, ouvi muitos elogios, ouvi muitas opiniões.
Mas comecei a me boicotar. Você sabe como é né... O problema maior foi que eu sempre tive dificuldades de acreditar em mim mesmo.
Sai do trabalho chato da segunda. Fui em uma agência de viagens e comprei um pacote para a Tailândia. Talvez lá eu consiga ficar de cabeça pra baixo em um elefante. Resolvi esperar mais 6 meses, viajar e depois mudar de vida. Afinal, no próximo emprego eu possivelmente ganharia a metade do salário e nunca poderia me dar a luxo de ir pra qualquer lugar do mundo.
Eu vivi os últimos dois anos aceitando o morno da vida. Aceitando a vida. Dizendo para mim mesmo que era só o que o destino tinha a me oferecer. Eu vivi quase uma vida toda aceitando ser uma pessoa mediana. Um estudante mediano, uma pesquisador mediano, um profissional mediano. Porque eu sempre tava na média. Eu nunca me destaquei muito, nunca marquei muito as pessoas, os lugares.
Mas acordei na segunda como nos últimos dois anos e percebi que bastava. It's enough! Eu simplesmente entendi que não bastava ter um mega salário e descontar toda uma frustração profissional em viagens, passeios e bem estar.
Era hora de movimentação.
E então veio o medo, das frustrações, do não confirmado, do deu tudo errado e do continuo sendo mediano porque sempre foi assim. Veio o medo do não reconhecimento.
Ouvi muitas pessoas, ouvi muita torcida, ouvi muitos elogios, ouvi muitas opiniões.
Mas comecei a me boicotar. Você sabe como é né... O problema maior foi que eu sempre tive dificuldades de acreditar em mim mesmo.
Sai do trabalho chato da segunda. Fui em uma agência de viagens e comprei um pacote para a Tailândia. Talvez lá eu consiga ficar de cabeça pra baixo em um elefante. Resolvi esperar mais 6 meses, viajar e depois mudar de vida. Afinal, no próximo emprego eu possivelmente ganharia a metade do salário e nunca poderia me dar a luxo de ir pra qualquer lugar do mundo.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
(não) me liga de novo
Mais uma vez sozinha no apartamento de uma grande cidade que não sabe que eu existo. O mundo me falou que não era você. O meu sexto sentido, a minha melhor amiga e até a minha mãe que é tão desligada soube que não era. Mas você era lindo demais, sabia tocar violão e compunha músicas. O típico artista que não gosta de nada além de você mesmo. Eu não te culpo sabe? Você sempre me disse que não sabia se apaixonar. E eu também não sabia, então fiquei tranquila. Você sempre me disse que queria conquistar o mundo. Só que eu nunca acreditei né, você odiava passar o fim de semana comigo na cidade grande. Acho que entendi que o problema era a cidade grande, quando na verdade o problema era eu. Porque tudo bem eu passar o fim de semana com você no interior, no seu porto seguro, no seu habitat natural né? Será que era tudo bem ou foi só mais um de seus jogos que eu nunca entendi as regras?
Eu cansei de brincar de jogos que não se parecem com jogos. Vamos só jogar poker? Pelo menos eu sei que você vai estar blefando! Porque agora eu tô sozinha de novo tá vendo? Eu deixei passar aquele garoto lindo só porque ele não tocava violão, foi isso que te contei na época lembra? Na verdade eu o mandei parar de gostar de mim porque foi naquele fim de semana que você me chamou para ir para Ilha Bela. Lembra que fim de semana incrível? Como eu poderia ficar com outra pessoa depois disso? Foi nesse fim de semana que eu descobri que você era uma droga, que eu estava viciada e não queria tratamento.
Mas eu tô sozinha, você terminou a faculdade e foi morar naquela fazenda que cria algum tipo de animal sob umas perceptiva nova de não exploração que não faz o mínimo de sentido pra mim. Você foi embora ontem e falou que me ligava quando o fim de semana fosse tranquilo, quando a casa tivesse limpa. Pra gente poder passar o fim de semana na fazenda. Eu odeio fazenda sabia? Já te falei o quanto a cidade grande me faz respirar e viver bem? E a fazenda fica a 4 horas daqui!
Me faz um favor agora? Liga pro menino que não sabe tocar violão, fala pra ele que você tem ferrado minha vida e que agora vai fazer alguma coisa boa. Fala pra ele que precisa que ele volte e me faça gostar dele. Faz outra coisa? Não parece mais não, fala olhando nos meus olhos que a gente nunca vai ter nada e que tá indo embora pra Groenlândia pra sempre. E que não vai voltar pra me buscar. Diz que todas as suas promessas não vão ser cumpridas.
Eu não quero mais acordar sozinha. Eu não quero mais estar numa cidade que ninguém sabe que eu existo. Eu não quero mais ser uma drogada e muito menos jogar seus jogos.
Só não esquece de me ligar quando chegar na fazenda ok?
Eu cansei de brincar de jogos que não se parecem com jogos. Vamos só jogar poker? Pelo menos eu sei que você vai estar blefando! Porque agora eu tô sozinha de novo tá vendo? Eu deixei passar aquele garoto lindo só porque ele não tocava violão, foi isso que te contei na época lembra? Na verdade eu o mandei parar de gostar de mim porque foi naquele fim de semana que você me chamou para ir para Ilha Bela. Lembra que fim de semana incrível? Como eu poderia ficar com outra pessoa depois disso? Foi nesse fim de semana que eu descobri que você era uma droga, que eu estava viciada e não queria tratamento.
Mas eu tô sozinha, você terminou a faculdade e foi morar naquela fazenda que cria algum tipo de animal sob umas perceptiva nova de não exploração que não faz o mínimo de sentido pra mim. Você foi embora ontem e falou que me ligava quando o fim de semana fosse tranquilo, quando a casa tivesse limpa. Pra gente poder passar o fim de semana na fazenda. Eu odeio fazenda sabia? Já te falei o quanto a cidade grande me faz respirar e viver bem? E a fazenda fica a 4 horas daqui!
Me faz um favor agora? Liga pro menino que não sabe tocar violão, fala pra ele que você tem ferrado minha vida e que agora vai fazer alguma coisa boa. Fala pra ele que precisa que ele volte e me faça gostar dele. Faz outra coisa? Não parece mais não, fala olhando nos meus olhos que a gente nunca vai ter nada e que tá indo embora pra Groenlândia pra sempre. E que não vai voltar pra me buscar. Diz que todas as suas promessas não vão ser cumpridas.
Eu não quero mais acordar sozinha. Eu não quero mais estar numa cidade que ninguém sabe que eu existo. Eu não quero mais ser uma drogada e muito menos jogar seus jogos.
Só não esquece de me ligar quando chegar na fazenda ok?
quarta-feira, 18 de março de 2015
quando eu me apaixonei
cinco anos, um mês e doze dias. Mais do que meia década.
Eu já expus sentimentos sobre as crises pós mudança algumas muitas vezes e outras tantas falei da cidade que tenho vivido.
Todo esse tempo a primeira pergunta das pessoas quando me viam ou percebiam o meu "R" puxado era "Você tá gostando do Rio de Janeiro?" E a minha resposta era sempre: "Eu estou me habituando". E o tempo passou. Doce tempo.
Vez dessas que me fizeram a habitual pergunta eu percebi que há tempos eu não refletia mesmo sobre a minha resposta.
Eu sempre gostei do Rio de Janeiro, eu sempre quis mudar para cá e senti que esse era o lugar que eu precisava estar. Só que a vida aqui foi muito diferente do que os sonhos me mostrava. A adaptação foi um inferno. As pessoas foram muito diferentes do que eu esperava que elas fossem.
Mas depois toda a tempestade em alto mar passou e fez com que meu barquinho chegasse em um lugar seguro, iluminado, cheio de luz e muita alegria. E agora eu preciso dizer que estou pronta para viver o Rio de Janeiro. Um belo dia eu acordei e percebi que a cidade maravilhosa ficou realmente maravilhosa. Assim, de verdade como todo mundo descreve.
Eu sou capaz de sorrir todos os dias, porque eu escolhi o Rio de Janeiro para ser o meu lar. Home. Assim mesmo, no sentido fraternal da palavra. Eu sou feliz todos os dias porque apensar de todos os problemas da cidade, de toda a cultura carioca que me irrita, de todo o transito maluco, eu consigo entender que o lado bom recompensa. Eu consigo sorrir por Santa Tereza, pelo show no fim de semana, ou pela Lapa no sábado a noite. Eu consigo sorrir pela quantidade de pessoas que conheci e que me fizeram alguém melhor, pelos amigos de verdade que me ajudam, que escutam minhas crises e que entendem minhas loucuras. Eu consigo sorrir pelo fato de saber realmente quem são as pessoas que se importam e que importam mas que estão longe. E consigo sorrir muito quando elas vem passar as férias na minha casa. Porque ser feliz é morar no lugar onde o mundo passa as férias. Eu consigo ser feliz porque, apesar do calor, eu tenho a praia, apesar do sol eu tenho a maresia, apesar do abafado eu tenho a chuva. Eu consigo sorrir porque sentir o clima, o vento e a vibe do Rio de Janeiro todos os dias é o sonho de muita gente no mundo, mas principalmente é o meu sonho sendo realizado.
Agora não tem mais jeito, eu sou uma paulista cariocando. Eu sou uma paulista que vai ao shopping de havaianas e que usa bermuda com casaco no inverno. Agora não tem mais jeito eu sou moradora da Cidade Maravilhosa e gosto dela. Agora não tem mais jeito, eu estou perdida e completamente apaixonada pelo Rio de Janeiro.
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
freedom
li.ber.da.de
1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. 5 Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão. 6 Isenção de todas as restrições, exceto as prescritas pelos direitos legais de outrem. 7 Independência, autonomia. 8 Ousadia. 9 Permissão. 10 Imunidade. 1 Regalias, franquias, imunidades, privilégios concedidos aos cidadãos pela constituição do país ou de que goza um país, uma divisão dele, uma instituição etc. 2 Maneira de proceder não sancionada pelas convenções sociais ou pelo decoro. 3 Familiaridade importuna; atrevimento, confiança: Tomar liberdades com alguém.
Quando eu terminei o namoro de um milhão de pensei que estava livre. Prometi para mim mesmo que não ia mais me apagar a nenhuma mulher por tempo suficiente para que eu pudesse curtir tudo que havia perdido. Eu me tornei o famoso "solteiro de carteirinha". Todas as possibilidades, todas as meninas incríveis que passaram pela minha vida, todos os amores de verão inesquecíveis que eu poderia ter vivido. Eu abri mão por um discurso de liberdade. Eu era livre de um relacionamento e acabei me prendendo a um não relacionamento.
Eu sempre tive medo de viajar, sair da minha zona de conforto, abrir mão de minhas raízes. E então eu passei para a faculdade e tive que morar a mil quilometro de todas as pessoas que eu mais amava na vida. Quando eu descobri o quão lindo é o mundo eu prometi para mim mesma que seria dele. Que as raízes não me prenderiam, que eu teria amigos em todos os lugares. Eu fiquei livre para o mundo e me prendi nas não raízes.
Eu nunca tive uma religião. Eu nunca achei que precisaria me prender a uma crença, a um ser maior, a um estilo de vida. Estar disposto a ver e conhecer qualquer coisa. Sem precisar me prender a um estilo de vida ou a uma doutrina. Eu fiquei livre para as tradições e me prendi ao não.
De que forma ser livre? Não se prender? Não ter raízes? Não acreditar? Será que o fato de ter um estilo de vida freedom é sempre ser "isenta de restrição externa ou coação física ou moral" é mesmo ser livre? O não é a liberdade?
1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. 5 Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão. 6 Isenção de todas as restrições, exceto as prescritas pelos direitos legais de outrem. 7 Independência, autonomia. 8 Ousadia. 9 Permissão. 10 Imunidade. 1 Regalias, franquias, imunidades, privilégios concedidos aos cidadãos pela constituição do país ou de que goza um país, uma divisão dele, uma instituição etc. 2 Maneira de proceder não sancionada pelas convenções sociais ou pelo decoro. 3 Familiaridade importuna; atrevimento, confiança: Tomar liberdades com alguém.
Quando eu terminei o namoro de um milhão de pensei que estava livre. Prometi para mim mesmo que não ia mais me apagar a nenhuma mulher por tempo suficiente para que eu pudesse curtir tudo que havia perdido. Eu me tornei o famoso "solteiro de carteirinha". Todas as possibilidades, todas as meninas incríveis que passaram pela minha vida, todos os amores de verão inesquecíveis que eu poderia ter vivido. Eu abri mão por um discurso de liberdade. Eu era livre de um relacionamento e acabei me prendendo a um não relacionamento.
Eu sempre tive medo de viajar, sair da minha zona de conforto, abrir mão de minhas raízes. E então eu passei para a faculdade e tive que morar a mil quilometro de todas as pessoas que eu mais amava na vida. Quando eu descobri o quão lindo é o mundo eu prometi para mim mesma que seria dele. Que as raízes não me prenderiam, que eu teria amigos em todos os lugares. Eu fiquei livre para o mundo e me prendi nas não raízes.
Eu nunca tive uma religião. Eu nunca achei que precisaria me prender a uma crença, a um ser maior, a um estilo de vida. Estar disposto a ver e conhecer qualquer coisa. Sem precisar me prender a um estilo de vida ou a uma doutrina. Eu fiquei livre para as tradições e me prendi ao não.
De que forma ser livre? Não se prender? Não ter raízes? Não acreditar? Será que o fato de ter um estilo de vida freedom é sempre ser "isenta de restrição externa ou coação física ou moral" é mesmo ser livre? O não é a liberdade?
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
o quebra-cabeça
E foi aí que tudo deu errado. Porque ela queria a praia e ele queria o museu. Ela queria a estrada e ele queria a família. Ela queria o silêncio e ele queria a briga, a gritaria, a resposta. Ela não tinha nem a pergunta. Eles não conseguiam mais conversar, porque estar longe dos amigos fazia dele uma pessoa estressada. Estar longe da praia fazia dela uma pessoa triste. Ele sentia que perder aquela menina seria perder tudo que ele tinha conquistado na vida com seu próprio mérito. Ela sabia que perder aquele menino era perder todo o mundo que passou a brilhar para ela. Mas ela não conseguia conversar com ele e ele não conseguia conversar com ela. E o fato dele usar camiseta regata que ela conseguia relevar antes agora estava insuportável. E o fato dela odiar milho também o deixava tão triste. Mas ele precisava fazer seu tão sonhado curso de Belas Artes na capital. Mas ela precisava surfar e a praia mais próxima era há quase 10 horas dali. Começaram os gritos e a menina enfrentou seu medo de um mundo cinza e resolveu voltar para o litoral. Ela não conseguia mais lidar com o barulho.
Ele ficou na capital, chorou, chorou, chorou, chorou, chorou. Chegou o inverno e a capital ficou escura, trite. E ninguém entendeu porque e como o casal feito um para o outro acabou. Ela foi viver de novo. Descobriu outro tom de azul nas águas do litoral. Ela só não descobriu as cores nos homens.
Só restou um monte de marcas, dois corações vazios e duas vidas em seus caminhos diferentes, distantes e com sentimentos tão parecidos. Quem dera se a capital tivesse o mar ou se o mar tivesse o museu. Quem dera a vida fosse assim, encaixável como um quebra-cabeças.
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