quinta-feira, 31 de maio de 2012

A favor da greve

Como jornalista eu deveria noticiar e relatar o que está acontecendo. EU deveria falar que 47 instituições de ensino superior federal estão em greve em todo país. E que isso resulta em mais de 1 milhão de alunos sem aula.
Como jornalista eu deveria explicar que os professores lutam pelo aumento do piso salarial, reestruturação de carreira e melhorias nas condições de ensino nas universidade desde o ano passado com o governo federal. E que pelo andar das coisas o governo não pretende ceder tão cedo sobre a restruturação de carreira e afins.
Mas na verdade eu preciso contar sobre mim. Até porque, esse é o intuito do blog.
Eu nunca entendi direito a greve sabe? Sempre achei uma idiotice as pessoas pararem de trabalhar para conseguir aumento ou outros direitos. Pensava aqui com minha ignorância que isso só deixaria os 'patrões' mais chateados e fariam com que eles ficassem mais bravos. Sempre achei que se você quisesse ganhar mais precisava trabalhar mais para isso. AH, doce ilusão romântica sobre o capitalismo que colocam em nossas cabeças.
Mas eu sempre pensei isso sobre a greve, talvez porque eu sempre relacionava com o ato de ficar em casa, esperando que alguém fizesse alguma coisa.
Claro que hoje em dia já aprendi o motivo e justificativa da greve, hoje já aprendi que não é trabalhando mais que se consegue direitos. E que a greve é uma medida extrema que deve ser tomada quando realmente não há outra saída.
Não vou envolver motivos pessoais que com certeza me faria ir contra a todas as alegrias e orgulhos que vou expor aqui. Não vou falar sobre o fato que simplifica muito mais as coisas para mim (em específico e nesse momento) o fato da UFSC não estar em greve. O mais importante nesse momento é falar da greve em sim.

Costumamos acreditar em algo porque vimos ou fizemos com que isso desse certo. Nunca tinha visto nenhuma greve em Universidades Federais tão de perto.
Acredito que a única forma de conquistar depois de não conseguir com negociações é ocupando e chamando a atenção. Já tinha comentado com as pessoas em relação a outras vivencias (dentro da Universidade inclusive). Ainda assim, só temos votos diretos hoje graças a um bando de estudantes malucos que foram as ruas pedir as Diretas Já.


Cheguei a acreditar que esse tipo de movimento não aconteceria mais. Ver os alunos de diversas universidades do país decretando GREVE foi emocionante, pelo menos pra mim. Ver esse vídeo, com tantas pessoas, com tantos JOVENS me fez ter uma esperança sobre um futuro. É claro que esses em torno de 2 mil pessoas que compareceram aí é praticamente insignificante perto de 1 milhão de alunos sem aula. Mas podemos ver atos como esses em todo o país. Hoje, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro fechou uma BR para protestar. TODAS ESSAS PESSOAS A FAVOR DA EDUCAÇÃO;
acho sinceramente lindo! Porque eu sempre acreditei que uma educação melhor é a chave para todos os problemas do país.
Aumentar significantemente o número de vagas nas instituições federais e não dar condições se quer para os professores darem aula não quer dizer progressos nenhum. Aumentar o número de vagas e se quer liberar contratação de professores não faz Universidade nenhuma de qualidade. Aumentar vagas e não dar condições de ensino, pesquisa e extensão não  trás excelência a ninguém.
PEDIMOS QUALIDADE DE ENSINO E NÃO QUANTIDADE DE VAGAS.

acredito sinceramente que atos de greve com manifestações chamam a atenção e resolvem problemas.

domingo, 20 de maio de 2012

12: como escrever um texto jornalístico básico

Os parágrafos precisam ter de 5 a 7 linhas.
Você vai precisar de MUITA informação. O máximo que puder.

1° parágrafo: lead. a parte mais importante da notícia. terá três frases.
                1° frase: longa e forte. Dizer o que aconteceu, geralmente com quem e onde. Mas isso pode mudar, é sempre o mais importante que deve aparecer aqui.
                2° frase: apoia a primeira, dá informações complementares. Geralmente como se deu, quais foram as consequências.
                3° frase: perspectiva do acontecimento.

2° parágrafo: desenvolver um tópico frasal, retornar ao gancho dando mais informações, Explorar as informações. Elas sempre aparecem de acordo com sua relevância. Os demais parágrafos vão nessa mesma linha. Não há uma quantidade certa, depende da massa de informação que você possuir.

3° ou último parágrafo: informações burocráticas do tipo organizadores, horários de funcionamento, telefones, sites,contatos. Tudo isso sempre por último.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

fotos do passeio de sábado, em Praia da Armação - sul da ilha de Florianópolis







sábado, 12 de maio de 2012

11: um decreto

não sei se caiu a ficha que já passou metade do meu tempo aqui. não se se precisava passar um tempo com a natureza depois de uma semana estressante. Só sei que na sexta eu decidi que colocaria a mochila nas costas e  entraria num ônibus que eu não tinha ideia de onde me levaria.
E foi exatamente o que fiz.
Hoje de manhã acordei, coloquei biquíni, um short jeans, um camiseta e um agasalho. na mochila coloquei uma câmera fotográfica, uma canga, umas comidas, água, um livro, fones de ouvido com música. E saí. Eu tinha um foco:o norte da ilha e de lá eu iria para qualquer lugar que o ônibus me levasse.
Entrei em um Praia Brava e adorei quando percebi que era longe, as praias mais longes são sempre as mais bonitas!
Enfim eu colocarei fotos do paraíso que encontrei. Mas a conclusão que cheguei é que me faz bem. Que me deixa alegre, feliz, disposta. A conclusão que cheguei é que os ''manezinhos'' não aproveitam o lugar maravilhoso que moram (porque a praia estava vazia, o tava sol!).
E decretei para mim mesma: nos próximos dois meses sábado vai ser dia turismo. Vou pra onde o ônibus me levar, vou  pra onde me indicarem, vou pra onde estiver acontecendo alguma coisa. Vou, simplesmente vou.
Tá todo mundo convidado, sábado é dia de turismo na ilha! Vem também!
E mesmo que não tiver ninguém por perto, eu ainda tenho uma mochila e uma maquina fotográfica junto de mim. Todas as coisas em volta são apenas um bônus que encontrei pelo caminho.
Não vou descrever, as fotos vão dizer muito mais que eu! (tenho vontade de colocar todas, mas vou me conter)











acompanhe a história toda

sábado, 5 de maio de 2012

um vício

Hoje fiquei durante duas horas dentro de uma livraria, sem se preocupar nem me dar conta do tempo.
Fiquei subindo e descendo escadas, olhando livro por livro. Estante por estante. Me perdi no tempo e no espaço. Como se algo me chamasse para dentro, como se algum imã me puxasse cada vez mais pra dentro.
Já fiquei mais que duas horas perdida em meio a livros, estantes e autores. Já fiquei mais que duas horas mergulhada em uma história, em meio a centenas de páginas e personagens.
Ler é como viajar sentado no sofá, na cama, ou na poltrona de um ônibus. É fazer amizades e viver a vida de pessoas imaginarias, com super poderes ou com sofrimentos que nem você mesmo suportaria. É adquirir experiência sem precisar se dar mal depois te ter feito uma burrada. Ler é se envolver em uma história ao ponto de chorar, gargalhar e até sentir medo enquanto o personagem em questão sente todas essas sensações.
Eu sempre tento explicar, sempre tento entender, sempre tento me colocar no lugar. Mas na real, a experiência que se tem com um livro é única e intransferível. A imaginação que me faz ler um livro e mergulhar nele é certamente diferente porque possivelmente você leu o mesmo livro e não acho de todo inspirador e envolvente quanto eu.
Nenhum livro é ruim, se você não gostou de algo que leu é porque simplesmente aquilo não foi escrito para você.
Minha paixão pelos livros começou com um tal de Menino Maluquinho, de Ziraldo. Depois ela passou por uma tal de Meg Cabot e nesse momento aí até tentaram enfiar em minha cabeça alguns 'clássicos' de Machado de Assis ou José de Alencar. Alguns foram digeríveis. Outros não. Ultimamente ando lendo tudo que me indicam, tudo que vejo na frente, tudo que seja de fácil acesso. Alguns eu gosto, outros não.
Mas é como uma droga, que vícia, que é necessário, toda hora, todo momento. Eu preciso estar lendo algum livro. Eu preciso de uma cabeceira ocupada por um livro. Eu preciso ter livros novos na estante, mesmo sabendo que vai demorar para le-los. Eu preciso ter uma estante lotada, cheia, explodindo de livros. Muito mais do que eu preciso ter uma sapateira lotada por exemplo. Sim, eu tenho mais livros que sapatos. Eu adoro sebos, adoro o cheiro de livros velhas e as páginas amareladas. Eu adoro bibliotecas e todas aquelas estantes gigantes cheia de novas histórias, de novas coisas para conhecer. Eu pararia tudo que estou fazendo por uma boa literatura, por um bom texto, por uma boa conversa entre eu e mais umas 700 páginas. Eu deixaria de dormir por um bom livro (como já deixei algumas vezes).
Tudo meio louco demais. Mas não seria um vício se não fosse louco e incompreensível.