quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

dia 31 - Lisboa e... problemas

Tive um dia inspirador. Consegui entender porque Camões conseguiu falar tão bem de amor. Não que Lisboa seja uma cidade romântica, longe disso. A cidade é poética, literária... inspiradora e não há como descrever melhor. É como se um mundo de histórias andasse em cima de seus ombros. Todas aquelas igrejas antigas e ladeiras. Sem contar os elétricos né! Lindinhos!



Não foi um dia muito diferente de todos os outros como turista que passei. A maior diferença é que andei por ladeiras o dia todo. Com todas aquelas ruas de paralelepípedos e prédios velhos. Nada muito lindo, grande ou cheio de luxo. Simples, pacato e lindo. Então, a gente está andando e vê uma pracinha para sentar e sentir o vento bater no rosto. Porque o cidadezinha pra ventar em! Ou então a gente continua a andar e vê uma igreja antiga, ou um elétrico, ou um beco daqueles bem estreito que eu teria medo de passar sozinha se fosse a noite. Um beco cheio de escadas e com pouco iluminação, mesmo de dia, porque os prédios tampam a luz do sol. Cidade da luz e da sombra em todos os prédios.
Cidade dos butequinhos, restaurantezinhos, lojinhas, tudo daqueles antigos e pequenos.


Se eu escrevesse poesia poderia ter sentado ou encostado em qualquer lugar por aí e escrito, sobre qualquer coisa. Até sobre o amor! (não tão bem quanto Camões, claro!) Mas Lisboa me incentivou a escrever, me incentivou a estudar, me incentivou a ler. Me inspirou, me renovou. Sem falar que ainda tem aquele mar delicia para olhar a qualquer momento, e sem muito esforço, qualquer morrinho que se sobre é possível ter uma vista privilegiada. Conheci poucos lugares e poucas coisas é verdade. Tenho a impressão que a cidade não é tão preparada quanto o resto da Europa para o turismo, mas e daí? Quanto menos turistas melhor né?


Tudo correu bem, até que eu percebi que não tinha mais 1 euro na carteira. Precisei pagar o almoço no dinheiro porque não aceitavam meu cartão (sobre isso que eu falo a preparação para o turismo) e bom, fiquei sem dinheiro. Tentei sacar em Lisboa, não consegui. Quando cheguei em Cascais não consegui de novo. Dai tive que ligar para o meu tio ir me buscar no centro porque eu não tinha dinheiro para subir de ônibus. (a passagem de trem eu já tinha comprado ida e volta)
Cheguei em casa e entrei na internet para ver qual a treta do meu cartão e bom, ele foi bloqueado. Ou seja, eu não tenho 1 euro no bolso, e não tem como meu pai me mandar nada porque o cartão está bloqueado! Isso aconteceu, porque apareceu umas compras que eu não fiz em meu extrato e eu pedi para contestar e daí "por segurança" eles bloquearam! Vê se pode! Fiquei um tempão com minha mãe e meu pai no skype tentando resolver isso. Um estresse atrás do outro, num quero nem ver o tanto de coisas para resolver quando chegar no Brasil. Amanhã meu pai vai tentar mandar dinheiro pela conta do meu tio, ou algo assim, não sei ainda o quanto de tempo vou precisar ficar em prisão domiciliar sem dinheiro, hahahaha!
Mas ok né, nem tudo dá certo na viagem, se não não teria graça, não teria histórias para contar depois!
Apesar de tudo isso valeu o dia, Lisboa não me deixou perder o bom humor de sempre e me deu um novo sentido para minha vida universitária e pós-universidade. Planos e mais sonhos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

dia 30 - Cadê Sintra?

Acordei pensando que eu precisava desbravar, conhecer e passear. Passei a manhã aqui e resolvi ir a Sintra depois do almoço. A famosa Sintra, linda cidade de Portugal. Fui lá ver se era tudo isso mesmo.
Peguei o auto-carro aqui em Cascais e ele me levou direto a Sintra. Quer dizer, direto não né, eu tenho a impressão que ele deu muita volta até chegar, mas ok. Chegou mais ou menos 1h depois.
Comecei a andar por uma cidade cheia de ladeiras, prédios velhos. Não eram antigos, eram velhos, porque os antigos geralmente são bonitos e lá definitivamente não era. Resultado: uma cidadezinha pequena e comum. Tentei subir até o Castelo mas não dei conta e pedi pra sair. Sério, era muito morro e eu meio que tenho trauma de andar no meio do mato. Parecia que estava tudo meio assim abandonado e eu estava sozinha... Ok, vocês estão me achando uma idiota nesse momento, mas ninguém sabe o que é ficar perdido no meio do mato sem perspectivas de sair, então calem-se pfvr!
O museu dos brinquedos estava fechado porque era segunda-feira. Onde já se viu uma cidade turística com lugares fechados só porque é segunda? Affê fiquei chateada, era o lugar que eu mais queria ir!
Tirei umas fotos legais, comi o travesseiro de Sintra e me diverti. Foi bom andar sozinha de novo, foi bom perceber o quanto alguém por perto faz falta para ter boas fotos.
Voltei e cheguei em casa bem tarde, jantei e dormi logo.



Não consegui encontrar em Sintra nenhuma beleza dessas que fazem com que uma cidade fique famosa. Só achei uma cidade comum com alguns museus e um lugares altos e de difícil acesso para conhecer. Achei tudo meio jogado e abandonado. Esperava que fosse algo mais turístico, ou sei lá. Acho que conhecer a Inglaterra e a França antes de Portugal me fez ficar uma turista exigente. Porque os pontos históricos são sempre tão bem estruturados. Enfim, consegui fotos boas. A cidade não chega a ser feia, mas é comum, não sei porque tanta fama de o lugar mais bonito de Portugal.  



Conheci Lisboa e gostei mais, a cidade me inspirou para a vida, mas isso é assunto para o post de número 31... see you later!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

dia 29 - Belém

Depois do almoço de domingo era hora de sair para passear. Pegamos o comboio lá no centro do Cascais e fomos em direção a Lisboa. Eu, meu tio e uma sobrinha dele. Ele ficou com minha câmera e eu com a câmera dele. Paramos em Belem, a cidade que Pedro Álvares de Cabral saiu para descobrir o Brasil, a cidade onde o presidente mora, a cidade que tem os originais Pastéis de Belém. Tiramos muitas, muitas fotos. Demos risada o dia todo e foi realmente muito divertido! 
Subimos no memorial do descobrimento, tiramos fotos em jardins e prédios históricos. Eu juro que queria comer o famosos pastelzinho de Belém, mas a fila estava gigantesca! (a minha mãe vai ficar brava quando souber), mas eu preferi não ficar na fila! hahahahahaha
Depois seguimos em direção a Lisboa. Fomos em um shopping bonito, andamos a toa, jantamos, demos mais risadas, tiramos mais fotos, e pegamos o metro para voltar. 
No meio do caminho, quando íamos descer para trocar de linha resolvemos ir a pé para andar pela cidade velha de Lisboa. Quando estávamos saindo, pedi para tirar fotos naquelas maquinas de fotografias, elas estão por todas as estações de metro/comboio aqui e em toda Europa! Tiramos fotos e adivinhem? Morremos de rir para entrar 3 pessoas numa cabine minuscula daquelas! 
Quando estávamos já na frente do Comboio um brasileiro bêbado veio pedir 5 euros para o meu tio, com papo furado que tinha sido roubado. Meu tio não quis dar e ele meio que deu pra seguir a gente. Fiquei meio assustada, ainda bem que já estava na frente da Estação, então entramos logo. 
Pegamos o comboio e voltamos. Dia divertido e cansativo, cai na cama e nem consegui atualizar as fotos. 


















domingo, 3 de fevereiro de 2013

dia 28

Acordei tarde, fique vendo Viver a Vida a manhã toda e depois sai com a mulher do meu tio, a filha deles e a sobrinha dela. Fomos conhecer Cascais, andar pela praia, dar uma volta no comércio, olhar as coisinhas baratas e conheceras lojas dos chineses.
Depois fomos no mercado e eu fiquei maluca com o preços dos tablets e das câmeras e dos eletronicos em geral!
Andamos a tarde toda, cheguei cansada e dormi logo.
As fotos falam por mim










sábado, 2 de fevereiro de 2013

dia 27

dayoff
precisava de um dia vegetando e descansando.
televisão brasileira, novela antiga, chocolate e computador.
assim começou a minha estada em Portugal

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

dia 25 e 26

Estou viva! Depois de 24h de tensão e problemas. Eu não atualizei porque fiquei sem noção de tempo na quarta e na quinta eu viajei, vim para Portugal... Bom eu vou contar do começo.
Tive um dia bom na quarta; fiquei andando a toa, conhecendo onde eu ainda não tinha visto, tirando fotos, admirando paisagens e esperando o dia escurecer para subir na Torre Eiffel e me despedir da cidade. Eu comi sorvete de M&M's do Mc, fui num museu do Chocolate que era chato, mas tinha uma linda vista da rua do lado de fora. (Uma avenida conhecida provavelmente, que para variar eu não sei o nome). Choveu um pouco, e isso me deixou irritada, mas depois parou. O clima estava bom, frio delicia, mas não MUITO frio, um sobre tudo e uma blusa de lã resolveu bem. Se bem que depois fez frio. 








Depois escureceu, eu caminhei até a Torre entrei na fila (que estava bem menor de quando eu fui lá sábado), peguei meu bilhete e subi no elevador. Sinceramente, não era uma coisa que eu esperava muito, sei lá a Torre Eiffel é linda lá de baixo, aquela coisa gigantesca e monumental quando a gente está ao pés. Eu me sentia bem, me sentia uma formiguinha e era bom, era bonito, era o suficiente para mim. Mas bom, minha mãe me deu uma bronca e me mandou subir, por isso eu resolvi ir no último dia, porque era o jeito que eu tinha me despedir. Já no elevador, eu descobri que precisava subir, porque era lindo, lindo, lindo, lindo. Eu não vou tentar explicar, apenas colocar as fotos. 
Lá em cima, é ainda mais lindo, mais alto. Só que ventava muito e nesse vento meu celular caiu do bolso. e adivinhem? Eu não encontrei de novo. Sei lá, fiquei com a falsa esperança que alguém fosse devolver, porque eu estava na Europa e as pessoas deveriam ser educadas lá. Só que não, as pessoas são más, seja no Brasil, seja em qualquer lugar do mundo. Então eu resolvi parar de pensar nessa hipocrisia de que os brasileiros são mal-educados e blabláblá. Lá na França as pessoas pulam a roleta do metrô toda hora, fala sério!














Bom daí em diante minha viagem à França acabou. Preencher fichas, estar sem relógio, tentar me comunicar em inglês nervosa. Um monte de cenas desconexas que eu não lembro direito. No meio do caminho de volta para o hostel eu comecei a passar mal e me lembrei que não comia nada desde 13h ou algo assim. Passei numa lanchonete na rua do hostel e pedi um lanche. Pior que o atendente era tão legal e eu tentei usar a ultima simpatia que me restava para o dia. Mas eu mal conseguia me aguentar em pé. Cheguei no hostel, comi um pouquinho do lanche, mas meu estomago doia demais e eu subi para o quarto. Deitei um pouco, tomei banho, comi mais um pouco e não tinha ideia de que horas eram. Lembrei de ligar o computador, porque eu teria um relógio lá, arrumei o relógio de pulso que comprei para o meu pai no horário local e fiquei sabendo que horas eram: 2h da manhã. Dormi um sono pesado e sem sonhos. 

Acordei as 8h, tomei café, troquei de roupas, arrumei as malas meio no automático, fiz check out, voltei na Torre Eiffel, não tinham achado meu celular, voltei pro hostel, pedi informações para ir para o aeroporto, peguei minhas malas e fui embora. Cheguei no aeroporto bem cedo, fiz check in e fiquei lá na sala de embarque esperando o horário do voo, lendo e tentando fazer passar o tempo sem celular. 
Tudo que eu mais queria era sair da França, era ir embora daquele lugar e chegar logo em Portugal. E poder estar com alguém que eu conheço e poder falar minha língua e todo mundo me entender! O voo foi longo, tinha uma crianças chata gritando e não consegui dormir. Ventava muito e o motorista teve que mudar a rota, resultado: meia hora a mais dentro do avião. Eu fiquei conversando com duas senhorazinhas portuguesas que estavam ao meu lado, e depois que eu desci, peguei minhas malas e vi meu tio, tudo se renovou e se fez novo. Todo aquele desespero passou e eu estava bem de novo! 
A gente foi para casa dele e depois fomos jantar num restaurante brasileiro. Foi uma noite agradável e feliz!
Dormi bem, como não acontecia ha muitos dias.