domingo, 17 de junho de 2012

capítulo treze

senti uma vontade dilacerante de parar tudo que estou fazendo, tudo que preciso fazer para escrever.
não sei bem o que, nem porque.
a única coisa que tenho certa até agora é que daqui a exatos 33 dias eu estarei no Rio de Janeiro as 19:50h (agora).
e mesmo eu ainda tendo tanta coisa para fazer nesses 33 dias, tudo parece que está correndo por minhas mãos e eu não consigo fazer com que isso se eternize de alguma forma. talvez por isso a vontade de escrever.
as coisas em Florianópolis andam cada vez melhor e isso me chateia. as pessoas andam cada vez mais legais e isso me entristece. seria muito mais fácil se tudo tivesse difícil, se todas as pessoas continuassem em seu particular mundo. sem se envolver demais, sem possíveis saudades futuras.
mas nunca disseram que seria fácil e a cada dia que entro pelo corredor de pisos branquinhos do JOR UFSC eu me sinto pertencendo ainda mais àquele lugar. Cada domingo em casa vendo um filme ou fazendo qualquer besteira para comer eu me sinto cada vez mais pertencendo a esse lugar. Cada chuva que chega e me faz estender as roupas no varal de dentro eu me sinto cada vez mais aceitando que minha roupas vão demorar a semana toda para secar e que Florianópolis é assim mesmo. Cada meio de mês que chega e eu vejo que não tenho mais dinheiro eu me sinto cada vez mais na realidade de uma cidade rica, com pessoas ricas (ou não).
e cada mudança é um novo aprendizado, e cada mudança é uma nova saudade. acho que aprendi a julgar menos pela aparência. quando cheguei na UFSC achei que nunca fosse me acostumar a realidade do Jornalismo daqui. Achei que nunca fosse gostar dessas pessoas estranhas que aparentemente não gostavam de mim. mas daí veio uma turma de Calouros B e me fez de alguma forma me sentir inserida. JOR 2011.2. um monte de gente perdida, sem saber direito o que fazer nem porque está ali, talvez por isso tenha dado certo comigo né... Mais ou menos como a minha indecisão constante e eterna.
não sei nem quando, nem como aconteceu, mas sei que eu passei a me considerar eles, e eles meio que me adotaram. e me inseriram no resto do JOR. e claro que há algumas pessoinhas fofas que levarei para sempre e que não é 2011.2, mas talvez eu só tenha tido contato com elas porque eles me ensinaram de alguma forma a sobreviver no JOR UFSC.
preciso comentar que calei minha boca com muita gente que achava insuportável, e talvez esse tenha sido meu maior aprendizado de intercambista. conhecer antes de pré-julgar ou de não curtir porque não fui com a cara, ou porque disse alguma coisa que eu não concordei. a maioria dessas pessoas que eu pré-julguei me impressionaram e me fizeram morder a língua milhares de vezes. cada um tem seu jeito, sua criação, seus costumes, cada um está evoluindo e aprendendo tanto quanto eu todos os dias.
enfim, não estou encerrando meu diário e bordo, até porque muita coisa pode rolar em um mês. só preciso agradecer publicamente a 2011.2 por terem me adotado, por terem me suportado, por terem me ensinado, por terem simplesmente me aceitado. cara, sério, vocês são demais! e eu já estou morta de saudades.

enfim Florianópolis, enfim a UFSC. enfim o (quase) fim


veja a hirstória toda dessa intercambista maluca