sexta-feira, 25 de outubro de 2013

último ano

ATENÇÃO: se trata de post longo e cheio de lembranças, não comece a ler se não estiver disposto a saber sobre lembranças de terceiro no de ensino médio de uma garota chata que não fez bagunça e não matou aula para ficar bêbada.

Era 2002 e 2006. Depois foi em 2009 e agora é 2014. Ciclos que fecham em nossa vida e que são marcados por ciclos que fecham na escola enquanto ainda te obrigam a ser estudantes. Depois ciclos que continuam a se fechar por estudos porque você escolheu isso. Ou ciclos que se fecham pelo próprio caminho que você traçou.

Eu me lembro bem do meu 3° ano do Ensino Médio. Eu decidi que teria que ser o melhor. E desde que o ano começou eu sabia que seria o último naquela cidade, naquela realidade, com aqueles amigos e principalmente, naquela escola. E, hoje com mais consciência de tudo que já vivi e da responsabilidade que tenho com tudo que vou viver eu consigo perceber que desde muito nova eu sabia que estar onde eu estava não era o suficiente. E por esse mesmo motivo estou caminhando de modo tão diferente do que a maioria das pessoas que passaram e passam pela minha vida.
Eu acordava todos os dias as 5h45, pegava uma calça jeans o uniforme da escola, um chinelo ou um tênis, uns cadernos, uma bolsa cheia de roupa de ballet, tomava um copo de lite com chocolate, escovava os dentes, tentava fazer o meu cabelo ficar liso ou simplesmente prendia um rabo de cavalo, colocava um chapéu ou fazia com que a franja ficasse escondida. Saia de casa 6h25, encontrava o meu vizinho e caminhávamos até o terminalzinho perto de casa. Pegava o ônibus 6h35 e chegava no ponto da escola 7h55. Geralmente tinha alguém me esperando. Subia uma rua longa até a escola e a conversa era sempre qualquer futilidade que eu não lembro, ou a matéria da prova, ou a última fofoca, ou a programação do fim de semana, ou a programação de depois da aula (apensar de eu nunca ter tempo para nenhum dos dois).

Quando eu chegava no portão de trás (para que os alunos não ficassem na pracinha, como se adiantasse!) a diretora estava as 7h sorrindo, dando um carinhoso "Bom dia!" e pedindo para ver o nosso uniforme. Ela reclamou do meu uniforme cortado em forma de baby-look durante todos os 7 anos que eu estudei na escola, mas no 3° ano tenho a impressão que ela desistiu de mim (ainda bem!). Acho que foi aí que eu peguei a mania de dizer Bom dia todas as vezes que chego de manhã em qualquer lugar. Atravessava todo o pátio interno da escola, subia as escadas e eu ia para uma sala e a minha melhor amiga de Ensino Médio ia para outra. Eu decidi que precisava trocar de sala por motivos de ser odiada na sala que eu estava no 2° ano. Era engraçado o 3° ano. A realidade dentro da minha sala de aula era totalmente diferente do que a realidade no intervalo, entrada e saída da escola. Eu tinha que me dedicar a minha melhor amiga quando não estava na sala e podia ter outros amigos incríveis enquanto estava tendo aula.

Depois da escola eu tinha uma rotina diferente cada dia da semana, o que fazia com que ninguém (nem meus pais) soubesse onde eu estava a tarde, ao não ser quando a pessoa tinha que estar comigo. Eu podia estar no meu bairro dando aula para minhas alunas preferidas, ou podia estar no Projeto fazendo aulas de jazz ou dando aula para as minhas alunas amigas. Eu também podia estar na escola sendo monitora de matemática da 5° série ou na academia fazendo mais aulas de jazz. Só que eu também podia estar em qualquer outro lugar se encontrando escondido com meu então namorado. Costumava deixar um post it na buzina do carro do meu pai antes de sair para a escola para lembra-lo de onde ele precisava ir me buscar. Então todos os fins de tarde ele passava ou no projeto ou na academia e me levava até o pré-vestibular. Eu deixava o material da escola e a bolsa do ballet e pegava a apostila do cursinho. Atravessava a Av Brasil e sempre chegava cedo demais para aula. Mesmo assim entrava pelo portão lateral, mostrava a minha carterinha e ia para cantina ou para sala de estudos. As vezes eu ia direto para a minha sala de aula guardar lugar e tentar fingir que estudava alguma coisa. E quando dava 19h eu tinha que estar pronta, com outras 5 amigas do lado para encarar mais 4 horas de professores falando sobre coisas que eu já esqueci.

Eu me lembro de dormir nas aulas de física do 3° ano porque o professor do cursinho tinha explicado a mesma matéria na noite anterior. Me lembro de fazer a lição de matemática durante a educação física porque eu não tinha tido tempo de fazer em casa, na verdade eu nem tinha ficado em casa. Eu fazia alguns exercícios dos famosos Caderninhos do Aluno do Governo de São Paulo e trocava com a minha amiga de sala que tinha feito outros. Eu me lembro de copiar as redações que eu entregava no Pré-Vestibular para a professora de redação da escola. Também tinham as aulas que fazíamos reuniões de formatura ou de camiseta de formandos, para na verdade não assistir aula (eram sempre escolhidas a dedo, por exemplo aulas de Filosofia ou Sociologia, coisas desse tipo). E tinham as aulas que eu assinava uma autorização para que eu pudesse ir embora mais cedo para ir ao banco e não perder a aula de jazz a tarde. Tinham as quintas que passávamos pela diretora da escola as 7h e falávamos que entraríamos na 2° aula porque era dia de pastel. E nós realmente entrávamos na 2° aula. E teve um Diário de Bordo e um caderninho de lembranças desenvolvidos por mim e por minha melhor amiga. Teve dias que eu simplesmente quis ficar em casa dormindo e fiquei. Teve provas que eu descobri que teria no dia que ela seria aplicada. Teve aulas sentada no fundo da sala porque eu não queria fazer nada. E teve aulas que eu realmente não fiz nada porque eu achava mais importante fazer exercícios da apostila do cursinho. Eu de fato, fiquei pirada. Os intervalos eram em lugares que não poderiam me encontrar, geralmente perto da sala da diretora, onde tinha um sofá quentinho no inverno. Hoje em dia ele fica dentro da direção, o que impediria totalmente de passar lá o intervalo. Eu gostava de ficar no caminho que uma das professoras passaria na volta para a sala, porque ela me trazia amoras do estacionamento. Ah e também havia o sagrado salgado de salsicha: 10 min antes do sinal bater para o intervalo o dinheiro tinha que estar a mão e o material pronto para ser fechado em 2 segundos. Essa era uma das vantagens de sentar na primeira carteira em frente a porta, eu tinha o poder de sair da sala antes de qualquer outra pessoa. E também tinha a vantagem de estudar no corredor de salas mais perto do pátio de fora, onde ficava a cantina. Os salgados de salsicha se tornaram sagrados porque se eu não fizesse todo esse esquema de pegar o dinheiro antes, sentar perto da porta e (por sorte) estudar no corredor que ficava mais perto do pátio de fora eu jamais conseguiria o único salgado de salsicha que era vendido na cantina. Quantas vezes eu já não arrisquei minha vida descendo aquela escadaria de dois em dois degraus, correndo feito louca para garantir o meu lanche e para não pegar fila, claro!

O ano foi passando e eu tive que escolher que Universidade eu estudaria no próximo ano, isso incluiria me mudar de Campinas. Aconteceu também que eu precisava continuar estudando no pré-vest e eu já não tinha mais saco. E houve aquele desespero de não saber o que seria e como seria o ano seguinte. Eu não achava que podia existir vida pós escola. Eu não achava que podia existir uma ótima vida pós escola. E isso me deixava enlouquecida. Acho que só não pirei de vez porque tinha absoluta certeza do que eu queria fazer pelo menos. Eu já sabia que seria jornalista desde que eu entrei na 5° série. E não consigo imaginar outra profissão exatamente por ser a única que eu quis na vida. Mas me deixava enlouquecida o fato de eu não ter referências nenhuma sobre a faculdade e eu gostava tanto de ter tudo sob o meu controle absoluto. HÁ, coitadinha... O ciclo se fechou, hoje eu fico me perguntando se eu seria outra pessoa se não tivesse passado por isso, mas sei que eu estive exatamente no lugar que eu precisava e no momento que eu tinha que estar. E dois mil e nove passou e eu sobrevivi.
Não foi um ano que eu vivi adoidado como a maioria das pessoas que conheço. Eu não matei aula, não fiquei vagabundando no pré-vestibular, não fui pra balada e nem fiz nenhuma doideira. E não me arrependo de absolutamente nada, me tive um ano feliz e inesquecível. Eu não fui igual a todas as pessoas, mas de qualquer forma não é todo mundo que está estudando em uma Universidade Federal, não é todo mundo que foi selecionada para passar um semestre da graduação em outra federal do país...

Agora o último ano da faculdade vem chegando. Junto dele mais uma crise sobre o que fazer depois. E pesquisas sobre outros cursos, pós graduação, mestrado. Qualquer coisa que me mantenha estudando. Já que desde que eu me entendo por gente isso é tudo que eu faço na vida. Que se feche mais um ciclo. Que venha cheio de mudanças, pois hoje eu sei que são elas que me fazem, que me constroem. Eu já aprendi que eu nasci para as mudanças. Dois mil e quatorze, mais um último ano sombrio e desconhecido.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

o que eu sou quando cresci

em homenagem ao dia das crianças.

o texto é uma nota que escrevi no facebook em qualquer época de devaneio.

de 8 de fevereiro de 2013 às 20:57
Sempre achei que a questão de toda felicidade do mundo fosse se tornar quem você sempre sonhou na infância. Sempre achei que precisava ter um bom emprego e um apartamento comprado aos 21 anos. Porque em minha cabeça infantil eu seria uma adulta formada aos 21 anos, como todas as outras pessoas que eu conhecia de 20 e poucos anos. (pelo menos eu imaginava que elas eram pessoas independentes e esclarecidas com essa idade)
Fiz planos para a vida desde muito nova, planos sobre onde estudar, o que fazer quando chegar, em que direção seguir e que tipos de amigos ter por perto.
Hoje eu percebo que planos são bons. Eles me deram objetivos para buscar, me deram sonhos para realizar na vida. Mas nem em todos os meus pensamentos infantis eu me imagina aos 21 anos assim como eu sou hoje. 
Eu achava que fosse ser dona do meu próprio nariz, totalmente despregada dos meus pais e com amigos muito diferentes daqueles que hoje eu considero amigos de fato. 
Mas na verdade o lance todo é que por mais que você faça planos e se esforce para realiza-los e fazer com que a vida seja do jeito em que você montou naquelas noites antes de dormir, um tal de destino muda tudo e te leva para onde ele bem entender. 
A gente descobre que os pais se tornam mais essenciais na medida em que os anos passam. A gente entende que nosso melhor amigo é sempre a gente mesmo e que o mundo e as pessoas não eram grandes e sim nós que éramos pequenos.
Em nenhuma das cenas montadas em minha cabeça infantil sobre meus 20 e poucos anos eu me imaginava tão feliz como estou agora. Eu nunca pensei que alguém pudesse de fato sentir tanta felicidade, tanto orgulho de si mesmo, tanta satisfação pelo que se tornou (ou tem tentado se tornar). 
E minha maior questão hoje em dia não é ser exatamente igual como eu sonhei. Eu ando pensando se a criança que eu era teria orgulho da adulta que me tornei (ou tenho tentado me tornar). E sim, eu com certeza seria a heroína de mim mesma quando criança. E acho que isso é suficiente para continuar a correr atrás dos meus sonhos, isso é suficiente para continuar tentando ser uma pessoa melhor a cada dia!

sábado, 14 de setembro de 2013

final do fim de período

esse texto não é auto-biográfico. 
Mesmo assim tudo que eu escrevo tem um pouco de mim, assim como tem um pouco de ficção. Na verdade, o modo de encarar e enxergar a vida muda de olho pra olho. A verdade é tão relativa afinal de contas...

Último semestre da faculdade e tudo que eu queria era não ter que estar ali. Tudo que eu queria era não precisar estudar e não precisar ter que terminar aquela chatérrima monografia.
Depois de dois longos meses longe daquela cidade que não era minha, segui automaticamente fazendo malas e sabendo que eu só voltaria ver meus pais depois de pelo menos uns 30 dias. Eu estava mudando de casa, de novo. Era quarta ou quinta casa desde que eu decidi que precisava estudar em outro estado.
E agora, parece que faz tanto tempo que eu fiz malas para voltar para essa última parte da vida.

Defendi a monografia no mesmo dia em que recebi a proposta de emprego da minha vida. Senti um misto de felicidade extrema e de medo e de saudades e de apreensão, tudo ao mesmo tempo. E agora, estou colocando tudo no porta-malas do carro e partindo para mais uma fase da minha vida. Agora na cidade grande, na capital do país, tão perto e tão longe de tudo que já vivi. E eu queria levar todas aquelas pessoas que me assistiam enquanto eu arrumava tudo, eu queria coloca-las no porta-malas, nos bancos do carro, no bagageiro, eu queria leva-las comigo.

O que aconteceu foi que toda aquela vizinhança nova, era realmente nova. Eles me lembraram de como era mágico aquele lugar chamado Universidade. Eles me lembraram que o estudo era o de menos naquele momento. E agora eu tenho certeza que só e somente eles me sustentaram em pé nesse último momento que estava tão longo e tão pesado.

A Universidade é mesmo um lugar de formação, seja ela pessoal, profissional. É um lugar que você vive os mais loucos, os mais incríveis, os mais tristes, os mais felizes. A Universidade é sempre mais. E você só entende o que isso significa quando participa dessa fase, quando muda de casa e enfrenta a vida nova. Quando constrói e desconstrói tudo que você acredita na vida pelo menos três vezes. Quando você ama e desama a mesma pessoa cinco vezes no mesmo dia. É a época que você menos dorme na vida, mas a que mais dorme também. É a época que menos estuda, mas a que mais estuda também.

E os amigos, eles estão tão perto e participam tanto de sua vida. Você faz amizades que são tão diferentes de você. Você desfaz amizades que achava que duraria para sempre. E talvez, você fique por anos e anos sem encontra-los depois que for embora. Ou eles serão os seus melhores amigos para sempre e verão seu casamento e seus filhos crescerem. Eu ainda não sei o que são dos amigos quando a gente termina a faculdade... Isso deve ser assunto para daqui alguns anos.

Nas últimas semanas de aula eu dormi pouco, estudei muito, e fui a mais festas ainda. Sorri e sorri mesmo estando tão desesperada em ir embora. Sorri com tanta vontade de chorar, sorri porque precisava fazer com que todas as pessoas por perto se lembrassem de que eu fui feliz ali. Porque todo mundo ainda ia ficar por mais tanto tempo ali. Mais uma vez por um caminho desconhecido.


domingo, 8 de setembro de 2013

da saudades

Coloquei a minha vida dentro de meia dúzia de caixas e duas malas de 42 kg. As caixas foram pelo correio e eu espero sinceramente que cheguem bem e inteiras. As malas foram comigo, dentro de um avião que me fazia embarcar no desconhecido. 
De lembranças eu tinha alguns porta-retratos, livros e uma daquelas bandeiras cheia de rabiscos de despedida que os amigos bêbados escreveram no bar ontem a noite. Amigos esses que estão fazendo um super drama por eu ter escolhido ir embora e sem data para voltar.
Um dia inteiro dentro de um avião e um apertamento com móveis desconhecidos em uma avenida suja e movimentada em qualquer lugar bem longe de qualquer um dos outros lugares que eu chamo de casa. 
Abri as malas e coloquei alguns porta-retratos na cabeceira da cama, talvez para tentar fazer com que aquele lugar seja um pouquinho mais meu agora. Para que eu possa chamar de casa o quanto antes.

Mais um vez é hora de lidar com a saudades. Não daquelas que te fazem querer voltar no tempo e viver tudo de novo e estar do lado de todas aquelas pessoas do mesmo jeito outra vez. A saudades de quem convive com e aprende com a mudança abre um buraco no peito e ainda assim te faz sorrir.
Porque você lembra daquele sorriso amigo e daquele colo que só se pode encontrar a muitas milhas de distância e você tem absoluta certeza que viveu aquele momento porque precisava daquilo, mas que agora não precisa mais. 

A saudade te faz chorar e te faz pensar em voltar, em desistir. Mas todas aquelas pessoas que ficaram estão esperando que você siga em frente e você segue. Porque passou e já é hora de viver outras vidas, outros amores, outros amigos, outras paixões, outros ventos e outros mares.

Abri a janela e vi aquela cidade iluminada pelo crepúsculo de outono. Pôr-do-sol e luzes começando a se acender. Resolvi levar a saudade para passear, já que ela vai me perturbar incessantemente até que eu consiga chamar esse novo lugar de casa. Então, ela vai continuar ali, a saudade, ela nunca some do meu peito. Mas vai fechar a ferida e somente fica a mais uma cicatriz, daquelas que começam a coçar quando o tempo muda. 


sábado, 7 de setembro de 2013

oi, prazer em reconhecer

Mudei tudo.

Tenho esse blog desde 2010. Ele tem me acompanhado por um momento decisivo de mudanças em minha vida. Desde que eu vim viver esse sonho de morar no Rio de Janeiro. 
Vocês amigos e leitores sabem que muita coisa aconteceu em minha vida de lá para cá, que a vida nem sempre foi um sonho e que não aconteceu quase nada do que eu esperava que aconteceria comigo quando eu escrevi a primeira postagem: Olá em 21/01/2010.

Primeiro resolvi que o nome do blog já não tinha mais nada a ver comigo. Eu até quis ir fazer a diferença um dia na vida. Mas acho que comecei a pensar nisso muito nova, tive algumas decepções, percebi que o mundo não é assim como eu imaginava e desanimei. Fiquei com preguiça mesmo de virar super herói. Ando esperando fazer a diferença com meus amigos, com minha família, com um desconhecido da balada. Ando tentando não jogar lixo na rua, nem me beneficiar trapaceando. E por enquanto basta. Não espero ser uma jornalista que produza algo que realmente faça a diferença, desculpe, deixei me vender ao capitalismo.

Meu momento é Quimera, que de acordo com o dicionário Michaelis quer dizer:
sf (gr khímaira1 Monstro da mitologia grega, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. 2 Criação absurda da imaginação; fantasia, utopia, sonho. 3 Coisa impossível, irrealizável, absurdo. Ictiol Gênero (Chimaera) típico da família dos Quimerídeos, constituído de peixes elasmobrânquios marinhos, largamente distribuídos, que incluem todos os holocéfalos com focinho obtuso e cauda prolongada ou filiforme. 5 Peixe desse gênero, particularmente a espécie Callorhynchus callorhynchus, que ocorre nos mares do Brasil, também chamadapeixe-coelho e peixe-elefante. Antôn (acepção 2): realidade.

Gosto principalmente da definição 2. 

O desing anterior era uma gracinha. Mas não era mais eu. Talvez até tenha sido um dia. Mas gosto mais das linas finas, das fontes simples, Gosto mais do prático e direto. Tirei os selinhos da lateral, apesar de os adorar. Queria menos poluição visual.
O fundo ainda não está do meu gosto, mas vai ficar assim, até que eu encontre algo melhor.

Mas tudo isso vem simbolizando um monte de outras coisas que aconteceram em minha vida nos últimos três anos. 

Mudança, constante.

E que comece uma nova fase, com novos textos, com menos drama e menos seriedade. O mundo exige demais da gente, as vezes é bom não levar tudo tão a sério.

Bem vindo de novo, prazer em reconhecer você!

3 anos, 6 meses e 17 dias e eu já fui tantas...





quarta-feira, 31 de julho de 2013

cheiros, sentidos e saudades

Quando você sente um cheiro e instantaneamente vem à cabeça uma cena, um momento, um vida, um saudade.
Daquelas que você entra em um ambiente e lembra-se de um sorriso e te das saudades.
Cheiros que você sente todos os dias, mas que só percebe que sentiu quando ele vem em outro lugar, de outra pessoa.
Um perfume que você se acostuma, mas percebe que lembra uma pessoa quando você está andando sozinho na rua e alguém passa usando o perfume do seu melhor amigo, do amor da sua vida, daquele querido distante que você não vê a tanto tempo. E não precisa de nada, a pessoa em questão vem e fica lá. O dia todo, fazendo a saudades doer. Maldita saudades, que vem de coisas boas e dói.
E daí você sente um cheio de madeira, de bosta de cavalo, cheiro de vento, cheiro de mar. E daí vem em sua cabeça um momento, uma fase da vida, um lugar. E a maldita saudades.
Hoje eu senti o cheiro de Rural. E mesmo antes de formar deu um aperto no coração, um desespero, um lance que eu vou sentir saudades desesperada disso pra sempre. Desse cheiro de Rural, desse cheiro que só a Rural tem.
Cheiros que causam sensações. Cheiro que trazem lembranças. Cheiro de praia e mato misturados, cheiro de Floripa. Cheiro de saudades.