terça-feira, 20 de março de 2012

oito: retrocedendo a uma revolução

Ando pensando muito sobre a profissão de jornalista.
Tenho poucas conclusões sobre o assunto, mas estudando aqui sempre tenho a impressão que eu vou MESMO ser jornalista.
Não sei porque... Talvez as aulas praticas tenham me remetido a um mercado de trabalho. Talvez o posicionamento dos professores tenham me remetido a tevê Globo. Talvez seja só um ambiente diferente que tenha me remetido vibrações positivas. Talvez ler todos esses livros e manuais sobre o assunto tenham me dado a impressão de estar mais inserida.
Fato é que eu fico mesmo me imaginando na rua com um microfone na mão. Eu fico mesmo treinando em casa e observando o modo de falar, se posicionar e gesticular do telejornalista.
Sim eu tenho achado extremamente difícil as aulas práticas. Tenho achado extremamente difícil controlar minha voz e tentar fazer com que ela fique grave. Tenho observado textos de telejornais e prestado atenção em tudo.

A UFSC me remete a pratica, mesmo na aula teórica. Eu fico achando suposições, fico pensando de verdade na entrevista e na situação. Os professores te transportam para um mundo meio a par de tudo que já vivi. Estar envolvida com um programa de rádio obrigatoriamente dentro da aula de Radiojornalismo I é fascinante no mínimo.
Acho que tudo ainda é fascinante, tudo novo, tudo como eu sempre quis e sonhei. Exatamente como eu sempre achei que aconteceria quando eu entrasse para a faculdade de jornalismo.
É como se tudo isso aqui fosse um mundo de fantasia, um mundo de sonhos. É como se eu tivesse dormindo e a qualquer momento vou acordar e ter que voltar para a teórica realidade Ruralina. Não que isso não me seja bom, eu só consigo encarar algumas questões aqui depois de tantas aulas teóricas, com certeza. Se não fossem elas eu ainda estaria perguntando ao professor se devo ou não colocar uma informação de fontes não seguras na matéria. (como estavam hoje os meninos da 1° fase).
Se não fossem as aulas teóricas eu ainda estaria achando que o jornalista escreve o que quer quado bem entende. Se não fossem as aulas teóricas eu nunca teria visto o jornal como um produto que busca capital, como qualquer outro produto da sociedade capitalista. E todas coisas desse tipo.
Mas, aqui é diferente, de algum modo eu tenho um incentivo que nunca tive de querer ser boa, de querer ser a melhor, de querer melhorar, de querer, sempre querer. Não sei se pelos professores que a todo momento contam sobre as redações e nos deixam tão próximo da realidade (que antes pra mim parecia uma utopia) ou se por simplesmente se tratar de um intercâmbio que vai acabar a qualquer momento. Não sei como, mas me peguei minha imaginação voando por um trabalho em emissora de teve e de alguma forma achei que isso fosse possível de novo, como eu achava que seria antes de entrar para o Jornalismo.
Não sei se estou conseguindo ser clara, receio que não. Por isso pararei de repetir sobre tudo isso e deixarei como está, preciso voltar a me concentrar em ser uma boa jornalista.
Também, não sei se tudo isso vai passar quando eu colocar os pés na Rural de novo, ou quando eu me cansar de tudo isso e talvez não ver desenvolvimento nenhum. E quem sabe quando eu descobrir que nada disso é pra mim. Talvez, eu não sei.
Então ainda vou sonhando e achando que posso ser alguém. Então volto a deixar meus pensamentos voarem como eles faziam aos 17 anos. Então volto a achar que tudo é possível quando se tem interesse como me ensinaram quando eu tinha uns 14 anos.
É como um retrocesso, é como um renascimento. É como uma revolução.

Algumas fotos do final de semana na Lagoa da Conceição em Florianópolis.




a história toda

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