quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

de gente é essa vida?

Sim, eu vou comentar sobre a novela das seis aqui. Afinal tá todo mundo comentando mesmo... Acabei de ler essa crítica muiito boa no blog de Nilson Xavier, pesquisador e observador de telenovelas. Segue:

Embate entre irmãs de “A Vida da Gente” mostra que não existe vilão ou mocinho na novela
No capítulo desta terça-feira (13/02/2012) de A Vida da Gente aconteceu o embate mais aguardado da trama até agora, que resultou numa das melhores cenas da novela – se não a melhor: o desabafo ressentido entre as irmãs Manu (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos), em que uma acusa a outra severamente.
Veja aqui uma sequência de imagens desta cena descrevendo o que aconteceu.
O texto afiado de Lícia Manzo, numa cena bem dirigida, com a brilhante atuação das duas atrizes, resultou numa sequência de tirar o fôlego poucas vezes vista em nossa teledramaturgia.
 Até agora, a autora levou as duas personagens de uma forma a dividir opiniões e o público. Os telespectadores torciam por Ana ou por Manu – de onde se formou nas redes sociais o#TeamAna e o #TeamManu. As razões que levam o público a torcer por uma ou por outra personagem se limitam à identificação, ou à leitura individual que cada telespectador faz de cada uma das irmãs. Os que se identificam com Manu, defendem-na, enquanto há aqueles que preferem Ana e estão ao seu lado.
Na cena citada, a autora deixou claro que não existe a vilã nem a mocinha na novela. Cada uma, dentro de seu universo e individualidade, teve motivos para agir da maneira que agiu, ou sentir o que sentiu. A quem cabe julgar qual delas agiu de maneira correta ou errada quando as duas cometeram erros? Ana e Manu foram, na realidade, vítimas da situação em que se encontraram.
Se a autora quis incitar julgamentos e discussões acaloradas sobre o comportamento de cada uma, conseguiu. Mas como todo bom escritor, para além de provocar seu público, Lícia traz à tona uma reflexão bem realista. Muito longe do maniqueísmo vigente em nossa teledramaturgia, a autora se apoia no realismo e lembra que não existe vilão na vida da gente.
Cabe a Manu e a Ana reconhecer que cada uma errou, dentro de sua limitação. Só assim poderão encontrar – talvez não uma solução, mas, pelo menos – um entendimento para que possam prosseguir suas vidas sem mágoas ou ressentimentos. Afinal, elas são irmãs, e tem uma filha em comum.
o blog dele


E com toda certeza a cena da briga de Manu e Ana é histórica para a televisão brasileira, uma das melhores (se não a melhor) da novela toda.
Mas preciso discordar em relação ao realismo da autora, ao mesmo tempo que ela está tendo todo o cuidado do mundo em demostrar um "vida da gente" sem vilões e culpados, ela vem demonstrando um amor que dura a vida toda e supera o tudo e o todos. E eu fico me perguntando quem é a gente dessa vida? Porque é claro que todo mundo tem um amor de infância no qual sonha em largar tudo e viver feliz para sempre. Mas, algumas vezes a vida barra o grande amor e o que a gente deve fazer se não ir viver um novo grande amor? Correr para sempre atrás daquele amor de infância não te faz mais apaixonado ou uma pessoa melhor, te faz um idiota (tipo o Rodrigo)!
Entendam, não estou dizendo que ninguém consegue se casar e ser feliz com seu amor de infância, entretanto no caso Ana, qualquer pessoa comum no "mundo real" já teria se casado com o Lúcio e sido feliz e desencanado de um amor que já "abortado" (como ela mesmo disse) várias vezes. 
E claro que no final ela vai conseguir ser feliz com o Rodrigo, porque é uma novela e o grande amor sempre prevalece! Porque é assim que acontece nas novelas certo? A mocinha vai sempre se casar com o amor de sua vida e terminar a novela grávida dele. Portanto, não discutiremos realismo certo?
Quando alguém souber quem é essa gente ai que a autora conta na novela me avisem, por favor... 

2 comentários:

  1. Boa tarde! Gostei da sua reflexão mas não concordo com você, porque o "grande amor de infância de ana e rodrigo" nao é igual a outros grandes amores por aí... eles têm uma filha e se amam... geralmente os amores eternos são abortados pelo interesse de algum... e acho certo o que o Rodrigo disse hoje para Nanda... que o que ele menos se importa agora é com o amor-próprio ou com o que os outros vão achar, pq o que está em jogo é a felicidade dele!!

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  2. aliás...são abortados pelo "desinteresse" de alguém do casal...

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