quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um brinde às talentosas solteiras!

Por Roberta Medeiros
blog

Difícil ser solteira; tem que ter talento, pouca gente sabe ser feliz sozinha e é raro os que acreditam ser possível uma proeza dessas.

Uma noite com os amigos experimentando todos os tipos de cervejas, um beijo na boca de alguém que não sentimos nem um resquício de vontade de compartilhar uma relação mais profunda e já somos alvos de piadinhas sobre "ficar pra titia" ou fofocas maldosas carregadas de insultos, que no ponto de vista de quem não nos conhece são justas.
É tão bom ser por nós mesmos, ser e não ter que abrir mão de muita coisa, onde a preocupação máxima é a de não nos enganar sozinhas, porque já tem gente habilitada demais para fazer isso, melhor manter nossos pés sempre no chão firme.
Merecemos aplausos por não permitir que qualquer decepção nos cause reverberações intensas e também por saber que felicidade não depende de estarmos em par. O simples se torna incrível e único se a gente quiser.
E como muitos vão pensar: "Isso é papo de encalhada!" Sim! E quem disse que papo de encalhada não é bom? Nós somos solteiras, nossos papos e saídas pra festas sempre se tornam melhores. Ser solteira é uma defesa e tanto nesse mundo cheio de falsos românticos. 
Mas não tenho a pretensão de não admitir que às vezes olhar um casal bonitinho causa borboletas no estômago e brilho nos olhos, eu confesso que sim. A carência também é um fato, mas sei que existem casais por aí mais carentes que eu e minhas amigas solteiras juntas.
Esclarecendo que não é medo, insegurança ou falta de vontade. E sim uma espera - não por alguém perfeito que corresponda todas as expectativas -, umas espera tranquila baseada na certeza de que essas coisas não combinam com pressa, leva tempo pra gente se reconhecer no outro. E mais ainda pra saber separar as coisas e entender que mesmo em par, cada um tem seu mundo particular e precisa de espaço, pois a invasão de privacidade que as pessoas acham normal em uma relação é o grande problema enfrentado pelos casais.
E o negócio é acabar com o tabu de que quem não divide a vida com outro alguém é obrigatoriamente infeliz e depressivo. Esse é o grande absurdo que eu vejo por aí, principalmente nos amores virtuais das redes sociais.
É deprimente ver o desespero das pessoas em ter alguém, como se tudo dependesse disso. Um dia passou de solteira para comprometida e precisa provar a todo custo que está feliz. No dia seguinte o relacionamento sério continua, mas com outra pessoa, tão fácil e rápido que foge do meu entendimento.
É loucura demais, sou só eu que acho que a maioria banaliza a ideia de compartilhar sentimentos com alguém? Vamos lá meninas, precisamos de mais autoconfiança e o ego um pouquinho mais elevado.
Tudo tem seu tempo e aposto que todas já ouviram que o ideal é amar a si mesmo para depois ter a capacidade de se doar. 
Saudações às mulheres, solteiras ou não. Um brinde a quem sabe ser feliz independente de qualquer coisa.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Capítulo 2: Tchau Rio de Janeiro

Embarco na quinta-feiras as 09:50 da manhã, no aeroporto com a vista mais linda do Rio de Janeiro. Uma ótima  forma de dizer tchau, certamente.
Minhas malas estão estourando 23kg fácil e se alguém tiver um solução para isso estou aceitando. Meu quarto está constantemente bagunçado. Tanto pelas malas pelo chão, quanto pelo fato de eu não parado desde que cheguei de Campinas no Carnaval.
Minha cabeça está a mil e vazia ao mesmo tempo. Penso em coisas do passado, penso em possíveis coisas que vão acontecer. Penso que tenho que despachar 23kg de bagagem e penso que 4 meses é pouco tempo. Penso que só faltam 3 dias, penso que ainda falta muito. Não tenho ainda conclusões sobre nada, tampouco consigo expressar o que estou sentindo. Nada de frio no estomago, nada de roer unhas, nada de apreensão. Só um tempo que nunca passa e uma cabeça que nunca pensa.


Estou pesquisando um pouco sobre a cidade, os costumes locais, as curiosidades, para que o tempo passe. Para que eu me sinta fazendo algo útil. Vou reproduzir algumas coisas...


Com aproximadamente 407 mil habitantes, Florianópolis é um local único. É difícil escolher a praia mais bonita, a lagoa mais romântica, o lugar mais charmoso. Floripa, como é carinhosamente chamada, encanta de tal forma os visitantes que muitos deles não voltam para casa e acabam escolhendo esse paraíso com mais de 100 diferentes praias para viver.
Sempre fico me perguntando, quando leio esse tipo de coisas clichê, o quanto irei me apaixonar por esse lugar, o quanto vou odiá-lo, o quanto vou querer ficar lá para sempre.
Acompanhar de perto a pesca da tainha nos meses de maio e junho é uma forma bastante interessante de saber mais sobre a cultura local com os pescadores que sempre têm “causos” para contar.
Fonte


Florianópolis possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo, com uma numerosa quantidade de pedras com gravações milenares. Para levar conhecimento da expressão artística e cultural dos povos antigos à comunidade da Grande Florianópolis e aos turistas o Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia (IMMA), com incentivo do Fundo Estadual de Turismo, está promovendo exposições itinerantes de Arte Rupestre e Arqueoastronomia em Santa Catarina. A tenda itinerante de 12 x12 metros, foi montada pela primeira vez na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Será que eu finalmente realizarei o meu sonho de ver um acervo rupestre? De tomar um contato com os povos antigos de alguma forma? *o*
A Ilha de Santa Catarina é rica em lendas e personagens de diferentes períodos históricos. Entre eles estão os tupi-guaranis, etnia do Litoral Sul do país a que os exploradores europeus se referiam como carijós. Daí veio o nome de batismo da Estação Ecológica Carijós, localizada a noroeste da Ilha, onde está a capital Florianópolis. A ESEC Carijós é uma das 13 Unidades de Conservação Federais criadas no Estado.

(...) os fortes e fortalezas, entre eles o Forte de Santana, de onde é possível ver o pôr do sol com vista para a Ponte Hercílio Luz, e a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, no Norte da Ilha, entre as praias de Jurerê Internacional e do Forte.
Fonte


Destaca-se por ser a capital brasileira com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH), da ordem de 0,875, segundo relatório divulgado pela ONU em 2000
A ilha de Santa Catarina possui uma forma alongada e estreita, com comprimento médio de 54 km e largura media de 18 km. Com litoral bastante recortado, possui várias enseadas, pontas, ilhas, baías e lagoas. A ilha está situada de forma paralela ao continente, separadas por um estreito canal.
O que torna toda a geografia POUCO bonita...
A média das máximas do mês mais quente varia de 26 ℃ a 31 ℃ e a média das mínimas do mês mais frio, de 7,5 ℃ a 12 ℃. A temperatura média anual está em torno de 21 ℃. A temperatura mais baixa registrada na cidade foi de -2 ℃ em 1975 e a máxima foi de 39 ℃. Geadas não são frequentes, mas ocorrem esporadicamente no inverno. Devido à proximidade do mar, a umidade relativa do ar é de 80% em média.
Sim, estou fugindo feliz do calor insuportável de 40° que tem feito constantemente no Rio de Janeiro. E passarei um inverno frio e feliz. (por isso minhas malas estão cheias e pesadas).

O voo livre de Parapente pode ser praticado em diversas rampas de Florianópolis. Pode-se fazer um voo duplo com instrutor habilitado. As rampas mais conhecidas são da Praia Brava, Santinho, Rio Vermelho, Mole e Lagoa da Conceição.
Me persegue, me interessa, me gosta, me falta. 

No desciclopedia...
Cquote1.png Vai te roçar nas ostras, ô! Cquote2.pngManézinho quando não gosta do que ouve. 
Já sei que manézinho é o cara que mora na parte da Ilha de Florianópolis, ou algo desse tipo...
Florianópolis possui duas línguas oficiais, o "manezês" e o portunhol sendo amba línguas sazonais. No inverno prevalece a língua nativa: o "manezês" que consiste em um português pronunciado em alta velocidade "bem rapidin" (o idioma da ilha) onde o "s" é pronunciado com som de "x" (xichs), já no verão com a vinda dos nossos hermanos porcos gringos todos os nativos mudam para o portunhol afim de agradar o turistar e afanar um pouco de bufunfa.
Será que vou pegar menezês? Considerando que estarei lá no inverno? #medo
A população de Florianópolis é única no mundo. Dependendo exclusivamente do setor de serviços em especial das divisas que os turistas trazem, em Floripa o turista é extremamente mal-tratado. Além disso, tudo fecha nos feriados (TUDO) inclusive as baladas fecham todas cedo. Se você sentir fome, a opção é comer um pastel no supermercado do Chico.
Agora, acompanhem meu raciocínio por favor... Eu, sozinha em um lugar que não conheço ninguém... Como será possível sobreviver ao feriado com TUDO fechado?!?


Veja outros capítulos: 
Inicio
Capítulo 1

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

de gente é essa vida?

Sim, eu vou comentar sobre a novela das seis aqui. Afinal tá todo mundo comentando mesmo... Acabei de ler essa crítica muiito boa no blog de Nilson Xavier, pesquisador e observador de telenovelas. Segue:

Embate entre irmãs de “A Vida da Gente” mostra que não existe vilão ou mocinho na novela
No capítulo desta terça-feira (13/02/2012) de A Vida da Gente aconteceu o embate mais aguardado da trama até agora, que resultou numa das melhores cenas da novela – se não a melhor: o desabafo ressentido entre as irmãs Manu (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos), em que uma acusa a outra severamente.
Veja aqui uma sequência de imagens desta cena descrevendo o que aconteceu.
O texto afiado de Lícia Manzo, numa cena bem dirigida, com a brilhante atuação das duas atrizes, resultou numa sequência de tirar o fôlego poucas vezes vista em nossa teledramaturgia.
 Até agora, a autora levou as duas personagens de uma forma a dividir opiniões e o público. Os telespectadores torciam por Ana ou por Manu – de onde se formou nas redes sociais o#TeamAna e o #TeamManu. As razões que levam o público a torcer por uma ou por outra personagem se limitam à identificação, ou à leitura individual que cada telespectador faz de cada uma das irmãs. Os que se identificam com Manu, defendem-na, enquanto há aqueles que preferem Ana e estão ao seu lado.
Na cena citada, a autora deixou claro que não existe a vilã nem a mocinha na novela. Cada uma, dentro de seu universo e individualidade, teve motivos para agir da maneira que agiu, ou sentir o que sentiu. A quem cabe julgar qual delas agiu de maneira correta ou errada quando as duas cometeram erros? Ana e Manu foram, na realidade, vítimas da situação em que se encontraram.
Se a autora quis incitar julgamentos e discussões acaloradas sobre o comportamento de cada uma, conseguiu. Mas como todo bom escritor, para além de provocar seu público, Lícia traz à tona uma reflexão bem realista. Muito longe do maniqueísmo vigente em nossa teledramaturgia, a autora se apoia no realismo e lembra que não existe vilão na vida da gente.
Cabe a Manu e a Ana reconhecer que cada uma errou, dentro de sua limitação. Só assim poderão encontrar – talvez não uma solução, mas, pelo menos – um entendimento para que possam prosseguir suas vidas sem mágoas ou ressentimentos. Afinal, elas são irmãs, e tem uma filha em comum.
o blog dele


E com toda certeza a cena da briga de Manu e Ana é histórica para a televisão brasileira, uma das melhores (se não a melhor) da novela toda.
Mas preciso discordar em relação ao realismo da autora, ao mesmo tempo que ela está tendo todo o cuidado do mundo em demostrar um "vida da gente" sem vilões e culpados, ela vem demonstrando um amor que dura a vida toda e supera o tudo e o todos. E eu fico me perguntando quem é a gente dessa vida? Porque é claro que todo mundo tem um amor de infância no qual sonha em largar tudo e viver feliz para sempre. Mas, algumas vezes a vida barra o grande amor e o que a gente deve fazer se não ir viver um novo grande amor? Correr para sempre atrás daquele amor de infância não te faz mais apaixonado ou uma pessoa melhor, te faz um idiota (tipo o Rodrigo)!
Entendam, não estou dizendo que ninguém consegue se casar e ser feliz com seu amor de infância, entretanto no caso Ana, qualquer pessoa comum no "mundo real" já teria se casado com o Lúcio e sido feliz e desencanado de um amor que já "abortado" (como ela mesmo disse) várias vezes. 
E claro que no final ela vai conseguir ser feliz com o Rodrigo, porque é uma novela e o grande amor sempre prevalece! Porque é assim que acontece nas novelas certo? A mocinha vai sempre se casar com o amor de sua vida e terminar a novela grávida dele. Portanto, não discutiremos realismo certo?
Quando alguém souber quem é essa gente ai que a autora conta na novela me avisem, por favor... 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

sobre o ato de escrever: começar pelo final

Andava procurando um modo de explicar minha mudança em relação ao desespero inicial de nunca se tornar uma grande jornalista, de ser eternamente incompreendida, de toda dúvida em relação a tudo (como nesse ou nesse outro post). Depois de ler tantas coisas e pensar ainda mais sobre elas cheguei a uma conclusão que me parece óbvia agora:
todo o problema parte/partia do ato da escrita

A história tem começo, meio e possivelmente um fim. (que, certamente abre a porta para um novo começo).
O começo: antes de entrar para jornalismo eu tinha a certeza que isso era tudo que eu queria fazer e que com certeza desempenharia bem esse papel. Todas as pessoas ao meu redor também acreditavam nisso. O que, de certa forma, ficou bem confortável.
O meio: eu entrei para faculdade e pirei ao perceber que não era boa o bastante para estar ali e que o jornalismo não era nada do que eu achava e que eu não poderia dessa forma desempenhar o papel que acreditava e que eu não poderia desempenhar papel nenhum. Em resumo me senti um lixo.
O fim: Entendi que... Bom aí começa o post de hoje.


Quando eu surtei e me senti um lixo, procurei acreditar desesperadamente que poderia com certeza melhorar. Tentei de todas as formas escrever do jeito que agradava aquela ou aquela outra professora. Claro que cada uma me cobrava um estilo, claro que cada uma me falava uma coisa, claro que cada uma tinha um gosto diferente. O que mais me frustava era entregar um texto que eu sinceramente achava que estava bom e alguém me devolvia pedindo para eu trocar essa ou aquela palavra. Trocava. Passei a ser uma máquina. Fiquei um tanto (muito) desiludida com tudo isso. Eu não queria trocar a palavra porque isso mudaria todo o sentido do meu texto! Usar intelectuais ao invés de estudiosos faz toda a diferença para as entrelinhas!
E, por algum tempo tive dúvidas sobre o que eu de fato queria para o meu futuro.
Mas porque tantas dúvidas? Isso era tudo que eu sempre quis! Todos esses livros, esses textos, esses estudos, esse conhecimento! Escolhi ser jornalista justamente porque sempre quis saber e entender sobre tudo e todos, porque a minha paixão é por todas as profissões e, com o jornalismo eu posso ser todas!
Então, fui atrás do que eu achava que era bom pra mim, fui escrever de acordo com as regras. Fui escrever o final da história primeiro e resumir tudo em 10 linhas. Mas tudo isso se tornou um martírio! Era tão chato! Daí eu fui atrás das orações complexas e longas. Das palavras que a gente tira do dicionário de sinônimos do Word. As frases longas e complicadas também nunca fizeram meu estilo.
Me peguei perdida no momento em que eu tinha espaço para contar a história do jeito que eu queria. Em meio a tantas regras e exigências eu não conseguia ser mais eu mesma.
E então eu percebi que o barato de escrever é praticar como a dança: diariamente e com muito prazer. O lance da obrigação e das regras estraga toda a diversão. Abstrai de tudo e passei a escrever com as regras que meu coração faz.
Os maiores elogios do meu blog que ouço é em relação ao texto simples e verdadeiro. Orações curtas que significam. Entendi então que essa é minha forma de escrever, entendi o lance do estilo que os professores tanto falavam.
Não sou perfeita, meu texto muito menos. Minhas vírgulas nunca estão no lugar porque eu sempre emprego-as quando quero dar um ar dramático ou uma pausa para reflexão no texto. Do jeitinho que aprendi quando tinha 10 anos e estava sendo alfabetizada.
Não, eu não estou desprezando nada do que tenho aprendido na Universidade, no curso de jornalismo e com meus excelentes professores. Só parei de tentar provar para os próprios que vou ser uma grande jornalista porque escrevo bem. Só parei de tentar provar para mim mesma que preciso agrada-los com "bons" textos. ♫ Porque mentir para si mesmo é sempre a pior mentira... ♫ Afinal o bem, o bonito, o certo, o direito é sempre tão relativo!
Preciso apenas escrever, porque isso é com certeza muito maior que eu. Preciso escrever pelo prazer de ver letras formando palavras, pelo prazer de ver palavras formando frases, pelo prazer de ver frases formando histórias, pelo prazer de ver histórias formando vidas...
E isso talvez não fará de mim a melhor e mais excepcional jornalista, mas certamente fará de mim a pessoa mais feliz do mundo. E isso, por enquanto basta.
E claro, toda certeza serve somente para ser desconstituída.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

pro-tes-tar

Na sexta-feira 31 de janeiro os policiais militares baianos decretaram greve. E desde a madrugada do dia 1° de fevereiro os manifestantes ocupam a sede da Assembléia Legislativa. Eles lutam por salários melhores e direitos trabalhistas. (oh que novidade para uma greve em!).
Houveram várias ações de roubo, furtos e homicídios na cidade. E claro, que essas foram atribuídas as grevistas. (está sendo investigado).
A cidade vem sofrendo um verdadeiro caus, eventos, shows, volta a aulas, tudo cancelado.
Para reforçar a segurança, o Estado pediu ajuda ao Governo Federal, que deslocou militares de todo o país para tentar conter o caus. Comerciantes e turistas ficam desesperados com a proximidade do Carnaval, claro. Porque Salvador é o"país do Carnaval".
A polícia militar está negociando com o governo estadual a alguns dias e nada de uma proposta aceitável para ambos os lados. E o caus continua.



fontes: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=174878&id_secao=1
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5600534-EI5030,00-Greve+MPF+abre+inquerito+para+apurar+acoes+de+seguranca+na+BA.html

Mas, pensando bem, eu até gosto do caus. Eu gosto dessa briga e desse protesto. E eu até já comentei algumas coisas sobre isso uma vez, sobre Brasília. Isso é o que TODO brasileiro deveria fazer quando estiver insatisfeito com alguma coisa: protestar
E eu fui procurar no dicionário o significado da palavra protesto:


protestar (pro-tes-tarv.t. 

e v.i. Insurgir-se contra alguma coisa; reclamar; dar demonstrações de repulsa ou revolta contra alguma coisa. Comprometer-se solenemente a; afirmar solenemente, prometer. Professar. Declarar que se tem uma coisa por ilegal. Fazer o protesto de um título comercial por falta de pagamento.


RECLAMAR. e ir até o fim com tal reclamação. Não vou (e nem quero) entrar  no âmbito dos saques e homicídios. Até porque nada foi provado até agora. 
E claro que está obvio que foram os policiais. O que quero deixar claro é que é possível sim lutar pelo que acredita, basta cobrar de quem te prometeu o que você não pode fazer. Basta se ligar um pouquinho no que está acontecendo em seu país e lutar por melhoras, com a mesma intensidade que você luta por um bom empregou ou pela reforma de sua casa. 
Esses policias, que se mantem em greve a uma semana, são exemplo a todos os cidadãos desse país. Porque eles estão lutando pelo que lhes é conveniente, com perseverança e confiança. 

Imagem comigo se TODOS (ou pelos menos a maioria) dos professores entrassem em greve no país por salários melhores e não voltasse enquanto não conseguisse o reajuste que querem. As crianças de mais da metade do país estariam sem aula, pelas ruas e isso com certeza também causaria um grande transtorno. E foi apenas um exemplo bobo, sobre o ato de protestar. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

mais um daqueles posts egoístas: mais de eu mesma

Passei uma semana incrível, daquelas que tudo é sempre lindo e ótimo, mesmo que falte, mesmo que você ainda queira mais coisas. No fim de semana tinha ao meu lado duas amigas, daquelas que você conhece há quase 10 anos, ou talvez um pouco menos. Mas que independente do tempo de amizade, independente do tempo que ficamos longe,  nada muda entre a gente.
Uma delas teve que ir trabalhar, claro, porque alguém tem que trabalhar sempre né, hahhahaha! Mas, a gente começou a falar de coisas antigas, começamos a olhar fotos compartilhadas virtualmente. Daquelas bem de Flogão mesmo.
Aquele mundo onde todo mundo amava todo mundo. Aquele mundo onde todas as fotos e todas as músicas eram o máximo. Aquele mundo onde todo mundo era BFF de todo mundo. Por isso não julgo os adolescentes de hoje em dia, eu também já usei o eu te amo com a mesma frequencia (ou talvez mais ainda) com que se fala bom dia. Mas já escrevi sobre isso em outubro de 2011.
E lendo cada post daquele, e dando risada de cada drama e de cada momento que para mim parecia o fim do mundo percebi que cresci. Mas que não mudei.
Calma, eu explico. Hoje, dou risada de tudo que outrora parecia que era o fim, que eu não sobreviveria. Mas que sobrevivi. Como uma briga com amigas ou uma divergência de opiniões, entre outras coisas desse tipo. Mas eu continuo tendo a visão extrema do mundo, como ame ou odeie.
O que realmente vale é ter a certeza que um dia aquilo foi importante, que um dia não gostar da mesma banda de suas amigas implicava em não ser do grupo, e que não ser do grupo era extremamente triste e dramático. ERA. Assim como o dia em uma chácara com piscina com uma amiga era mais que perfeito. O que me deixa feliz é poder ler tudo isso hoje em dia e morrer de vergonha e morrer de dar risada.
Cresci, mas não mudei. Meus sentimentos continuam os mesmos. Esse jeito de achar que tudo é o fim do mundo continua igualzinho, só as prioridades que mudaram. Hoje o fim do mundo é não conseguir ser ouvida e respeitada por algo que sei fazer bem, ou ser julgada por algo que não sou quando as pessoas nem sabe quem eu sou na verdade. Tenho certeza que daqui uns 5 ou 6 anos tudo isso vai ser patético outra vez, e mais uma vez vou entender que me tornei uma pessoa melhor.
É o ciclo da vida afinal.
Peguei uma foto um pouco antiga do meu flogão.

o título da foto foi: euzinhHa
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