sábado, 2 de julho de 2011

Silêncio que grita

Uma palavra não dita. Um silêncio, que gerou outro silêncio, que gerou outro silêncio maior.
Conforto, menos problemas, desconforto. Como se algo tivesse faltando, e de certa forma, é claro que falta, faltam as palavras!
Entretanto eu descobri que as palavras não dizem quase nada. Eu descobri que o silêncio grita. E gostei dele.
O silêncio é incomodo, é inquietante.
Lembro-me uma vez de dizer em um caderno de memórias que o silencio me incomodou, porque eu desesperadamente gostaria que o sujeito gritasse em meus ouvidos, e ele não o fez. O silencio, na época, me feriu muito mais do que o grito.
E quando essa história toda de silêncio começou talvez tudo que eu quisesse era ferir alguém. As pessoas são diferentes, eu não consegui. O resultado foi o incomodo. Incomodei.
Desculpe-me eu tenho tentado muito falar, reclamar e resolver. Só que eu descobri que o silêncio grita, incomoda e vicia. Vicia. Vicia. Eu já não sei mais viver sem ele por perto e tenho tentado de todas as formas faze-lo ficar longe.
Silêncio. Incomodo. Gritaria. Incomodo do outro lado. Distancia. Silêncio. Vicio. Silêncio. Uma discussão bêbada. Um bem estar momentâneo. Baú. Silêncio. Incomodo.

Se não ficou claro, eu vou tentar ser mais direta. Acontece que uma amizade precisa ser reciproca. E antes que eu continue, me sinto na obrigação de definir "amizade" por se tratar de algo tão abrangente e amplo.
Amizade, na minha concepção, é aquele sentimento que você sente por uma pessoa e que te obriga a compartilhar tudo ao lado dela. Inexplicavelmente. E isso define tudo. Ou, talvez não defina nem metade do que realmente significa. Ou talvez nem seja nada disso. Nem precise ser reciproca, nem precise dividir nada.
Eu estou tentando ser clara, eu juro! O causador de todo um silêncio foi a ausência de uma atitude. Bajulação? Sentir falta de casa para mim é saudade, não drama. Ou, talvez nunca ninguém entenda isso... Porque agora minha casa é aqui e toda aquela merda toda aquela ladainha de sempre.
Plenamente certa eu certamente não estou. Afinal, ninguém é dono de verdade nenhuma. E talvez eu tenha exagerado, ou esperado demais, ou colocado muita fé, ou depositado muita confiança, ou, ou, ou... Talvez.
E as vezes tudo que eu mais queria era ter minha casinha de quarto e cozinha. Mas, na verdade eu só queria ter de volta a amiga que dividia essa casa comigo. Na verdade, a que divide o quarto comigo atualmente eu nem sei quem é. Desculpe-me, eu tentei, sinceramente, não com todas as forças... O silêncio me impediu, a paciência sumiu e, bom eu não também não sou muito de bajulações.

ps. eu sei que o blog é secreto e que eu não deveria ter lido, mas foi apenas um acaso. desculpe-me, mas eu precisei responder da mesma forma que recebi.

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