quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

sobre ser fã

Eu terminei de ver o jogo do Corinthians hoje pela manhã e fui até o Barra Shopping. Eu não sabia o quão cedo eu precisava chegar para conseguir uma senha para a sessão de autógrafos.
Quando entrei na Fnac pela primeira vez no dia, o meu estomago subiu no pescoço, como se eu tivesse descendo uma queda de 90° numa dessas montanhas-russas gigantescas.
Fiz algumas coisas no shopping, comprei meu DVD Nega Lora e fui almoçar. Na volta coloquei meu nome e da mais nova companheiras de aventuras, Tamy.
E daí sentei em um banco qualquer, coloquei fones de ouvido ao som de Nega Lora e relaxei. Eu sabia que o dia seria longo. Lá pelas 16h eu comecei a ficar impaciente e nervosa. As senhas começariam a ser distribuídas as 17h. Dentre uns tweets e outros eu vi Claudia Leitte dizendo: Lendo as cartas da sessão de ontem na Fnac Morumbi. (ou algo nesse sentido) e me deu um estalo: eu preciso escrever uma carta! Corri até a papelaria dentro do shopping, comprei um bloco de folhas, uma caneta e um envelope. Voltei até a porta da Fnac e ali na entrada comecei a rabiscar uma carta. Escrevi tudo que eu precisaria falar para ela. Tudo que estava planejado para eu falar quando a visse, mais tarde, pessoalmente.
As senhas começaram a ser distribuídas, a Tamy chegou e depois já com a senha nas mãos nós fomos fazer um lanche. Comi batatas fritas e coca-cola.
Voltamos para a livraria e resolvemos sentar no café onde aconteceria a sessão de autógrafos para esperar ela chegar e depois irmos para a fila. Papo vai, papo vem, correria dentro do café, e percebemos que estávamos sentadas bem no corredor que vinha da cozinha, por onde ela chagaria. Surtei. Comecei a ficar impaciente, a sessão estava marcada para as 19h e ela não chegava. O dia até passou rápido, mas nessa hora demorava tanto. E eu olhava no relógio de 5 em 5 min. E olhava o twitter e nada daquela canttora dar sinal de vida. Eu suava frio. Tinha as mãos congeladas e molhadas de suor. E ela apareceu, eu vi um pedacinho de seus lindo e loiros cabelos por de trás do segurança que escondia. Assim que ela pisou no café, olhou para onde a galera estava gritando e ficou de costas para mim. Eu coloquei a mão em seu braço e ela virou. Cara, eu toquei em Claudia Leitte! O mundo parou. E ela olhou para mim! Ela é realmente de verdade! Chorei. Tentei tirar um foto, ela posou fazendo biquinho. Mas adivinhem: a foto não saiu. Ainda bem que eu tinha uma pessoa menos surtada ao meu lado que conseguiu pelo menos tirar foto. Ela passou, possou para fotos de novo, abraçou umas pessoas, sentou e começou a autografar. Ficamos eu e Tamy esperando chegar no número 83 e 84 para entrarmos e autografarmos nossos DVD e conversamos com aquela linda bonequinha sentada na mesa de vidro. Papos e perguntas na fila com outros fãns, daqueles que nunca viram, daqueles que veem quase sempre. Pouco mais de 1h e meia depois eis que entramos. Eu fui primeiro enquanto a Tamy tirava foto. Começou a tocar Telegrama bem nessa hora. E segue a reprodução do diálogo com ela. O mundo parou parte 2.
Eu: ... (só olhava e nada saia da minha boca)
CL: Respira, fica calma...
Eu: ... Eu, eu nuca... é a primeira vez que te vejo.
CL: E você está feliz?
Eu: Sim, é o dia mais feliz da minha vida, eu tô muito feliz!
CL: Qual seu nome?
Eu: Mariana
CL: Mari... (enquanto autografava meu DVD).
Eu: Eu escrevi essa carta, porque eu sabia que não ia conseguir dizer nada, então está tudo escrito aqui tá!
CL: Obrigada querida.
Eu: Nossa, eu te amo tanto, eu gosto tanto do seu trabalho.
CL: Obrigada! (...) Deixa eu ver essa unha...
Eu: (mostro minha unha)
CL: Linda!
Eu: Obrigada.
E daí alguém me puxou e me levou embora, eu nem sei como, mas quando eu vi eu já estava longe... E só deu tempo de falar: Você é uma pessoa muito iluminada! Sucesso...
E daí a Tamy já estava na mesa falando com ela, e eu peguei a câmera para tirar fotos enquanto tentava parar de tremar para alguma delas prestar. E logo em seguida a Tamy também foi tirada de lá e quando a gente tava indo embora ela falou: Vocês duas tem as unhas mais bonitas que eu já vi até agora. E só deu tempo de eu mandar um beijo, de longe e ela me mandou outro. E não foi desses que ela manda em cima do palco e que todas as vezes eu digo que é para mim, esse ela mandou olhando em meus olhos! Foi só meu!
E bom, parece uma conversa tosca reproduzida assim, escrevendo. Mas tudo foi recheado com olhares carinhosos e atenção exclusiva. De todos os artistas que conheci, de todos os relacionamentos com os fãns que eu já vi, essa foi a primeira vez que eu vi um tratamento tão carinhoso, com todos. Absolutamente todos os fãns!*
E depois, quando passa tudo e as coisas deveriam entrar no lugar, as memórias ainda vem a tona, um olhar, um abraço, uma música.
Hoje, enquanto eu escrevia a carta, eu tentava pensar e justificar como e porque alguém vira fã de outra pessoa. Conclui que é amor. Que a gente não explica, não entende, não faz sentido. Eu fiquei o dia todo dentro de um shopping para ver uma pessoa que nem vai me reconhecer se passar ao meu lado amanhã na rua. E não sai de lá arrependida, eu faria isso um milhão de outras vezes. E depois de modo com que ela me tratou, depois da verdade que era seu olhar hoje, eu faria isso muito mais de outras milhões de vezes.
Porque ser fã é isso, é estar ao lado, acompanhando e admirando a vida de alguém. Só pelo carinho, pela admiração. Pelo que o artista é, e pelo que ele representa em sua vida.

Eu sei que é clichê, mas eu preciso agradecer por ter a oportunidade de ser fã de alguém que se importa tanto com todos esses seguidores, com todas essas outras pessoas que acompanham a sua vida e que se alegram e sorriem junto com ela.
Eu tenho orgulho de dizer que sou fã de Claudia Leitte, principalmente depois de conhece-la pessoalmente hoje.
Quero e quero de novo.

Segue as fotos da noite







*não me responsabilizo pela total veracidade da cena descrita, eu certamente esqueci detalhes e conversas.

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