terça-feira, 18 de dezembro de 2012

dois mil e doze

Sou contra a listinha de desejos para o ano novo, assim como também sou contra a listinha de sonhos e objetivos para o ano seguinte. Eu já cometei sobre isso aqui uma outra vez. Afinal de contas é apenas mais uma madrugada, é apenas mais um dia que muda. Não posso negar que adoro relembrar, não (só) no final do ano, mas no dia que me dá vontade, desses assim que a gente abre o flogão e começa a ler textos antigos. Eu gosto de ver a retrospectiva de final de ano na Globo. Eu gosto de manter as boas lembranças vivas na cabeça.
Desde de novembro tenho pensado em como 2012 demorou a passar, desesperadamente. Comentei sobre isso em um dos últimos posts inclusive! É como se o último reveillon tivesse acontecido há uns 2 anos atrás! Mas nada de uma forma negativa, o ano foi excelente!
Eu sempre tive na cabeça que as coisas boas da vida passavam rápido, de uma forma que quando eu me dava conta já tinham acabado. Em meio a tantos textos de reflexão  de final de ano eu me deparei com um que dizia que o tempo só passa muito rápido quando a gente cai na rotina, quando a gente não vive de verdade, não experimenta coisas e pessoas novas. E bom, eu tive que mudar meu conceito sobre o tempo.
É essa a explicação de 2012. Eu experimentei tanto, conheci tanto, vivi tanto, fui para tantos lugares.
Foi realmente um ano incrível! Daqueles para não colocar defeito em nada! Daqueles de olhar para trás e pensar: não vou viver nada melhor do que isso em toda minha vida! E talvez eu até viva, talvez não. O importante é que eu preciso fazer uma típica e clichê retrospectiva, eu preciso tentar resumir toda a felicidade de longos e intensos doze meses. E eu sempre gostei do número 2 de qualquer forma...
Janeiro: como sempre é o mês das visitas. o mês da praia e dos passeios de turistas pela Cidade Maravilhosa, me desculpe se eu moro onde você costuma passar as férias! :p O ano começou com as amigas mais fofas na minha casa. Dane e Nessa. Passamos um final de semana chuvoso, mas muito divertido! Naquele sábado de manhã Dane colocou o ovo na janela e fez dança do sol. Mas não deu muito certo...Depois alguém precisava ir trabalhar (a Nessa) e a Dane ficou aqui torrando comigo no sol e fazendo passeios turísticos.
Fevereiro: mais um Carnazoof que dispensa comentários e depois mais visitas em casa. Tia Sil, Tio Zezinho, Sis e mais um monte de passeios. E mais sol e praia. Nessa altura do campeonato eu já estava morenaaaa carioquíssima! Ilha de Paquetá linda (sqn) e trilha na pedra do voo livre na Gávea. (eu preciso colocar duas fotos desse mês!)
Março: Cheguei em Florianópolis. Foi um mês longo e estranho. Cheio de novidades, cheio de adaptações. cheio de aulas e professores incríveis. Foi um mês que eu queria muito e a toda hora. Por isso que foi longo (de novo a comprovação do lance do tempo). Eu tinha vários pré-conceitos formados sobre o JOR UFSC. Ficava assustada a cada aula, com cada mudança e desejava loucamente entender a lógica de tudo aquilo. Sem perder tempo, teve um feriado e eu corri para o Bato Carrero World. É o que vale a foto do mês!
Abril: Começam as aulas práticas na UFSC e por um momento eu tenho dúvidas se é tudo isso que eu quero. Não porque eu não estive gostando ou algo assim, mas pela dificuldade de produzir e ser boa nisso. Mas a cada aula eu me apaixonava mais, a cada aula eu tinha mais vontade de fazer aquilo. O que restou foi me dedicar e mostrar, principalmente a eu mesma, que eu era capaz! Que eu podia, queria e deveria aprender a fazer aquilo! Foi um mês desafiador e lindo, eu quebrei pré-conceitos próprios, foi uma luta diária comigo mesma.
Maio: foi quando eu me dei conta de que eu iria embora logo. Foi quando eu me dei conta que já estava completamente apaixonada por Florianópolis e que eu já tinha um monte de amigos e pessoas muito fofas por perto. Foi o mês dos passeios, da curtição, dos sábados de turismo. Foi o mês de curtir e entender porque chamam a cidade de Ilha da Magia!
Junho: Deve ter sido o mês mais longo e intenso de todo o ano. Foi final de semestre, com trabalhos, provas e afins. Eu apresentei o Conexão UFSC, teve a Boa Noite, a cobertura da EuroCopa e o nascimento do Salto Alto Futebol Clube e no final do mês ainda veio a Intercom Sudeste em Ouro Preto. Foi um mês de muito aprendizado, de muita tensão e de cada vez mais proximidade com os pseudo-jornalistas catarinenses. Foi um mês de sessão de filmes e almoços de domingo com as meninas lá da pensão. Foi um mês de Festa do Pinhão e foi frias. Foi um mês deliciosamente frio. Depois veio mais uma viagem. Intercom Sudeste. Eu voltei ao mundo ruralino com minhas amigas por perto. Eu dei risada daquelas piadas que só a gente entende. Eu senti de novo aquela irmandade e aquele companheirismo de amigas, daquelas da sua sala. Eu vi que estava com tantas saudades daquelas pessoas e que elas se tornaram tão tão especiais para mim! E eu me apaixonei por Ouro Preto. De um jeito indescritível! Ladeiras, histórias, lendas e muita muita diversão! Falando em diversão, andar de trem foi realmente incrível e chegar na cidade que tudo tem seu nome, isso sim é divertido! (esse mês merecia umas 5 fotos, pelo menos. vou me contentar com duas!)

Julho: Foi o mês da despedida. Eu não vou me atrever a citar nomes sendo injusta e esquecendo de alguém. Mas o que dizer de amigos tão fofos a ponto de criar uma hastag com #FicaMariDias ? Caraaa eles me fizeram chorar durante a última semana toda de aula. Cada vez que eu chegava em casa e ligava o facebook era um com um textinho fofo ou um comentário propício. Minha eterna e querida 11.2, minhas eternar e queridas divas do SAFC. E mais alguns agregados. E mais as meninas da pensão. (cara, eu morro de saudades dos domingos, sério!) E lá pro finalzinho do mês teve outra data muito importante: o primeiro casamento de uma amiga! Nem precisa dizer que eu entrei em crise de velhice e tals né? Mais foi lindo demais! E eu ainda conheci Goiânia. Quente e seca! (rsrs)
Agosto: FÉRIAS! Um mês inteiro pelas estradas viajando em família. Não existe coisa melhor. Tudo que eu pedi a Deus! E ainda com algumas semanas bônus em Campinas! Franca, Jaú, Ribeirão Preto, Itajubá, Caldas Novas, Jacareí, Campinas, Barretos, Trindade, Paraty, Ubatuba... e até plantei uma árvore pelo caminho!
Setembro: foi quando eu voltei mesmo para o Rio, voltei para a minha casa e tentai criar uma rotina. Tentei rever os amigos e me sentir em casa. Foi a tentativa de fazer tudo voltar como antes. A única coisa que não me dei conta é que era impossível ser como antes, porque o Rio de Janeiro já não era o mesmo, assim como eu também não era a mesma de quando deixei a cidade 5 meses antes. Um feriado com os ruralinos em Niterói foi o acontecimento notável do mês.
Outubro: a primeira viagem para o exterior fica cada vez mais próxima. Os dias demoram a passar e nada parece muito interessante. Comecei a trabalhar com afinco para juntar dinheiro com a finalidade de transformar tudo em libras depois. Pouca coisa acontece, os finais de semana passam a ser dentro de casas de festas infantis com crianças gritando e ar condicionado forte. Me distraiu, me fez sobreviver. Trabalhar realmente edifica o homem (: Fui em um espetáculo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro pela primeira vez. E eu nem preciso explicar a emoção né? (até porque não conseguiria). Foi mágico!
Novembro: o acontecimento do mês foi o feriado gigantesco e prolongado que emendou um no outro e foi lindo. Fiquei 5 dias em Campinas. E melhor de tudo, foi na estréia do Amanhecer, parte 2. E depois de ver todos os filmes da série no cinema juntas, eu e Maisa sentamos no final de semana da estréia para ver o filme. Na minha opinião humilde o melhor de todos! Eu também conheci finalmente o São Firmino, e apensar de ter me divertido muitíssimo eu ainda era mais feliz com a Happy News. No final do mês, depois de muito muito muito trabalho a 2° Comunicar aconteceu. Foi uma semana inteira em Seropédica, depois de quase um ano. Foi uma semana longa, chuvosa, cansativa e intensa. Eu estive perto de pessoas que não costumavam ser minha companhia diariamente enquanto estava na Rural. E fui muito feliz. (ainda não escrevi sobre isso, mas vou faze-lo logo, prometo). Em suma, além do (ótimo) resultado final da Comunicar, eu conheci pessoas do meu curso, pessoas muito legais inclusive. Pessoas que pensam como eu, ou que pelo menos discutem algum ponto junto a mim. Interessante e interessadas. Foi uma semana com bons resultados e um largo sorriso no rosto na sexta-feira.
Dezembro: mesmo não tendo acabado eu sei que nada de melhor vai acontecer além de ter visto e tocado e conversando com Claudia Leitte. Eu descrevi em detalhes no último post e já surtei tempo suficiente na internet para comentar mais sobre isso.
Dispenso mais comentários sobre dois mil e doze. Que venha dois mil e treze, que venha cheio de sorrisos e momentos incríveis como esse ano. Que venha logo, porque eu já estou morrendo de calor e espero ansiosamente o inverno europeu. Que venha logo, mas que passe bem devagar, que passe cheio de momentos, cheio de desafios, cheio de descobertas e cheio de novidades!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

sobre ser fã

Eu terminei de ver o jogo do Corinthians hoje pela manhã e fui até o Barra Shopping. Eu não sabia o quão cedo eu precisava chegar para conseguir uma senha para a sessão de autógrafos.
Quando entrei na Fnac pela primeira vez no dia, o meu estomago subiu no pescoço, como se eu tivesse descendo uma queda de 90° numa dessas montanhas-russas gigantescas.
Fiz algumas coisas no shopping, comprei meu DVD Nega Lora e fui almoçar. Na volta coloquei meu nome e da mais nova companheiras de aventuras, Tamy.
E daí sentei em um banco qualquer, coloquei fones de ouvido ao som de Nega Lora e relaxei. Eu sabia que o dia seria longo. Lá pelas 16h eu comecei a ficar impaciente e nervosa. As senhas começariam a ser distribuídas as 17h. Dentre uns tweets e outros eu vi Claudia Leitte dizendo: Lendo as cartas da sessão de ontem na Fnac Morumbi. (ou algo nesse sentido) e me deu um estalo: eu preciso escrever uma carta! Corri até a papelaria dentro do shopping, comprei um bloco de folhas, uma caneta e um envelope. Voltei até a porta da Fnac e ali na entrada comecei a rabiscar uma carta. Escrevi tudo que eu precisaria falar para ela. Tudo que estava planejado para eu falar quando a visse, mais tarde, pessoalmente.
As senhas começaram a ser distribuídas, a Tamy chegou e depois já com a senha nas mãos nós fomos fazer um lanche. Comi batatas fritas e coca-cola.
Voltamos para a livraria e resolvemos sentar no café onde aconteceria a sessão de autógrafos para esperar ela chegar e depois irmos para a fila. Papo vai, papo vem, correria dentro do café, e percebemos que estávamos sentadas bem no corredor que vinha da cozinha, por onde ela chagaria. Surtei. Comecei a ficar impaciente, a sessão estava marcada para as 19h e ela não chegava. O dia até passou rápido, mas nessa hora demorava tanto. E eu olhava no relógio de 5 em 5 min. E olhava o twitter e nada daquela canttora dar sinal de vida. Eu suava frio. Tinha as mãos congeladas e molhadas de suor. E ela apareceu, eu vi um pedacinho de seus lindo e loiros cabelos por de trás do segurança que escondia. Assim que ela pisou no café, olhou para onde a galera estava gritando e ficou de costas para mim. Eu coloquei a mão em seu braço e ela virou. Cara, eu toquei em Claudia Leitte! O mundo parou. E ela olhou para mim! Ela é realmente de verdade! Chorei. Tentei tirar um foto, ela posou fazendo biquinho. Mas adivinhem: a foto não saiu. Ainda bem que eu tinha uma pessoa menos surtada ao meu lado que conseguiu pelo menos tirar foto. Ela passou, possou para fotos de novo, abraçou umas pessoas, sentou e começou a autografar. Ficamos eu e Tamy esperando chegar no número 83 e 84 para entrarmos e autografarmos nossos DVD e conversamos com aquela linda bonequinha sentada na mesa de vidro. Papos e perguntas na fila com outros fãns, daqueles que nunca viram, daqueles que veem quase sempre. Pouco mais de 1h e meia depois eis que entramos. Eu fui primeiro enquanto a Tamy tirava foto. Começou a tocar Telegrama bem nessa hora. E segue a reprodução do diálogo com ela. O mundo parou parte 2.
Eu: ... (só olhava e nada saia da minha boca)
CL: Respira, fica calma...
Eu: ... Eu, eu nuca... é a primeira vez que te vejo.
CL: E você está feliz?
Eu: Sim, é o dia mais feliz da minha vida, eu tô muito feliz!
CL: Qual seu nome?
Eu: Mariana
CL: Mari... (enquanto autografava meu DVD).
Eu: Eu escrevi essa carta, porque eu sabia que não ia conseguir dizer nada, então está tudo escrito aqui tá!
CL: Obrigada querida.
Eu: Nossa, eu te amo tanto, eu gosto tanto do seu trabalho.
CL: Obrigada! (...) Deixa eu ver essa unha...
Eu: (mostro minha unha)
CL: Linda!
Eu: Obrigada.
E daí alguém me puxou e me levou embora, eu nem sei como, mas quando eu vi eu já estava longe... E só deu tempo de falar: Você é uma pessoa muito iluminada! Sucesso...
E daí a Tamy já estava na mesa falando com ela, e eu peguei a câmera para tirar fotos enquanto tentava parar de tremar para alguma delas prestar. E logo em seguida a Tamy também foi tirada de lá e quando a gente tava indo embora ela falou: Vocês duas tem as unhas mais bonitas que eu já vi até agora. E só deu tempo de eu mandar um beijo, de longe e ela me mandou outro. E não foi desses que ela manda em cima do palco e que todas as vezes eu digo que é para mim, esse ela mandou olhando em meus olhos! Foi só meu!
E bom, parece uma conversa tosca reproduzida assim, escrevendo. Mas tudo foi recheado com olhares carinhosos e atenção exclusiva. De todos os artistas que conheci, de todos os relacionamentos com os fãns que eu já vi, essa foi a primeira vez que eu vi um tratamento tão carinhoso, com todos. Absolutamente todos os fãns!*
E depois, quando passa tudo e as coisas deveriam entrar no lugar, as memórias ainda vem a tona, um olhar, um abraço, uma música.
Hoje, enquanto eu escrevia a carta, eu tentava pensar e justificar como e porque alguém vira fã de outra pessoa. Conclui que é amor. Que a gente não explica, não entende, não faz sentido. Eu fiquei o dia todo dentro de um shopping para ver uma pessoa que nem vai me reconhecer se passar ao meu lado amanhã na rua. E não sai de lá arrependida, eu faria isso um milhão de outras vezes. E depois de modo com que ela me tratou, depois da verdade que era seu olhar hoje, eu faria isso muito mais de outras milhões de vezes.
Porque ser fã é isso, é estar ao lado, acompanhando e admirando a vida de alguém. Só pelo carinho, pela admiração. Pelo que o artista é, e pelo que ele representa em sua vida.

Eu sei que é clichê, mas eu preciso agradecer por ter a oportunidade de ser fã de alguém que se importa tanto com todos esses seguidores, com todas essas outras pessoas que acompanham a sua vida e que se alegram e sorriem junto com ela.
Eu tenho orgulho de dizer que sou fã de Claudia Leitte, principalmente depois de conhece-la pessoalmente hoje.
Quero e quero de novo.

Segue as fotos da noite







*não me responsabilizo pela total veracidade da cena descrita, eu certamente esqueci detalhes e conversas.