Me considero uma pessoa eclética. Ouço muitos tipos de musica, caminho por várias tribos e conheço tipos de diversos de pessoas. Sem demais pré-conceitos, sem demais conceitos formados.
Entendo de música bem menos do que gostaria, seja por falta de interesse ou por pura preguiça mesmo. Costumo ouvir tudo que me indicam ou que se faz disponível. Eu gosto do resultado final do som e pouco me importa sobre quem o fez. Simplesmente a arte pela arte.
Tenho preferencias e elas com certeza desempenham influências sobre meu modo de pensar e de ouvir o mundo. Gosto de Claudia Leitte, Capital e Ana Carolina. Incoerente (ou não) eu sei...
Fato é que eu fui no Rock in Rio e vi Ed Motta, Sandra de Sá, Paralamas, Titãs, Maria Gadú, Claudia Leite, Katy Perry, Elton Jonh e Riahna.
Durante o show vi muita gente falando mal, principalmente de Claudia Leitte. Particularmente achei que ela foi infeliz na escolha de seu repertório. Ela poderia ter levantado muito mais a galera e tivesse optado por cantar musicas antigas (e por consequência) conhecidas. Mas não foi isso o que mais me incomodou. O que chegou a me tirar do sério foram pessoas falando mal e boicotando o show. Ninguém foi obrigado a estar ali. E 99% dos que estavam até pagaram para entrar, sabendo exatamente quem cantaria e que ordem isso aconteceria. Se não estava satisfeito com o que estava acontecendo no palco por que ficar ali por perto então? Por que não ir até a Rock Street e fazer um lanche? E por que tanta implicância com uma cantora nacional (que não canta rock) quando a maioria dos shows também não foi de rock? Porque, assim, a Rihana cantou qualquer coisa menos rock e não foi nem um pouco criticada pelo publico. Ah! Ela não é brasileira, esqueci do detalhe que os brasileiros não gostam de sua própria música e de seu próprio país. Mas claro que no momento que alguém lá em cima fala que somos terceiro mundo, todos mundo se ofende. (Pouco) hipócrita não?
Não reclamei sobre o fato do festival ter alguns (a minoria) cantores que não são de rock, afinal de contas a minha concepção é que se trata de um festival de musica e não um festival de rock. Apesar de já ter sido (um dia) um festival de rock. E talvez o nome seja apenas para manter um tradição, ou qualquer coisa do tipo. Não tenho uma opinião formada sobre o marketing que rola por aí...
Essencial seria que roqueiros, no mínimo, respeitassem os demais tipos musicais. E que fosse reciproco.
Essencial seria que o brasileiro desse conta de sua (rica) cultura e aproveitasse esse tipo de evento para mostra-la ao mundo.
"O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.” LISPECTOR, Clarice
domingo, 25 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Agora eu Entendi Tudo
As vezes eu ficava pensando no passado. As vezes eu ficava forçando para que as coisas voltassem como antes.
Voltou o Necom, li Deleuze, passei uma sexta em Campinas entre amigos e entendi tudo.
As coisas sempre acontecem por algum proposito e elas sempre acabam. Não adianta a gente achar que um dia vai ter uma vida legal como planejamos porque vivemos um "devir" (leia Diálogos, Deleuze) num momento qualquer. Não adiantar forçar e tentar controlar tudo ao redor para fazer com que as pessoas que amamos permaneçam ao nosso lado. As coisas vão mudar sempre, considerando que o presente é sempre a mudança, a transição, o movimento.
"Nenhum homem entra duas vezes no mesmo rio. Porque o rio sempre se movimenta e o homem sempre muda."
Amor nós temos de uma noite, de uma semana, de um mês ou quem sabe de uma vida inteira. E o grande lance é saber aproveitar e viver o instante do devir, o instante do presente. O grande lance é saber amar naquele instante, de cabeça e por completo. Porque depois passa. E depois a gente entende que nada vai ser igual. E depois a gente percebe que não demos lutar para que seja mesmo. Não porque eu ou você desistimos de tudo isso, mas simplesmente porque mudou, porque tinha que mudar.
Saudades é um sentimento que permeia o homem em toda a sua vida e o que descobri foi que ela precisa estar presente. E que o fato de ela existir não significa que devemos fazer com que tudo aconteça de novo para que ela se acabe. Pelo contrário, é melhor mudar tudo e não voltar atrás, é melhor deixar a saudade lá gritando.
As pessoas vão e vem, e a vida passa.
A gente encontra e desencontra. O destino e o futuro não são algo que de fato podemos controlar.
Entendi tudo mesmo sabendo explicar pouco sobre tudo isso. Me senti feliz porque tenho plena certeza de que vivi o devir. Tenho plena certeza que sentirei saudades sempre. E isso significa que houve algum tipo de transformação ali, e que mudou tudo.
Voltou o Necom, li Deleuze, passei uma sexta em Campinas entre amigos e entendi tudo.
As coisas sempre acontecem por algum proposito e elas sempre acabam. Não adianta a gente achar que um dia vai ter uma vida legal como planejamos porque vivemos um "devir" (leia Diálogos, Deleuze) num momento qualquer. Não adiantar forçar e tentar controlar tudo ao redor para fazer com que as pessoas que amamos permaneçam ao nosso lado. As coisas vão mudar sempre, considerando que o presente é sempre a mudança, a transição, o movimento.
"Nenhum homem entra duas vezes no mesmo rio. Porque o rio sempre se movimenta e o homem sempre muda."
Amor nós temos de uma noite, de uma semana, de um mês ou quem sabe de uma vida inteira. E o grande lance é saber aproveitar e viver o instante do devir, o instante do presente. O grande lance é saber amar naquele instante, de cabeça e por completo. Porque depois passa. E depois a gente entende que nada vai ser igual. E depois a gente percebe que não demos lutar para que seja mesmo. Não porque eu ou você desistimos de tudo isso, mas simplesmente porque mudou, porque tinha que mudar.
Saudades é um sentimento que permeia o homem em toda a sua vida e o que descobri foi que ela precisa estar presente. E que o fato de ela existir não significa que devemos fazer com que tudo aconteça de novo para que ela se acabe. Pelo contrário, é melhor mudar tudo e não voltar atrás, é melhor deixar a saudade lá gritando.
As pessoas vão e vem, e a vida passa.
A gente encontra e desencontra. O destino e o futuro não são algo que de fato podemos controlar.
Entendi tudo mesmo sabendo explicar pouco sobre tudo isso. Me senti feliz porque tenho plena certeza de que vivi o devir. Tenho plena certeza que sentirei saudades sempre. E isso significa que houve algum tipo de transformação ali, e que mudou tudo.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Bienal, doce Bienal
Tentei de diversas formas escrever. Tentei fazer algumas milhares de comparações. Só agora consegui entender que a Bienal do Livro para uma apaixonada por literatura como eu não pode ser descrita em apenas um texto. A Bienal é de muitas histórias, de muitos momentos, de muitos sorrisos inesquecíveis.
Só agora entendi que eu jamais conseguiria descrever 9h dentro do Rio Centro em apenas uma história.
Depois do almoço começou de fato o passeio. E é incrível como tudo isso ainda me fascina. Como todo esse mundo é tão difícil de ser explicado. Três pavilhões com mais mais de um milhão de livros. Andar por ali era como estar sob efeito de alguma droga, de algum anestésico. A vontade incontrolável que eu tinha era de comprar absolutamente tudo que eu via pela frente. Tá, isso foi um pouquinho exagerado, mas a vontade que eu tinha ao ver um livro de R$ 3,00 de um assunto que poderia me interessar era certamente essa. Claro que eu sei controlar meu espírito consumista e ser racional o suficiente para comprar o que valia a pena e o que eu tinha certeza que me faria feliz depois.
A maior questão é que naquelas horas que passei ali dentro não consegui senti absolutamente nada além da vontade louca de estar ali. Eu ficaria a vida toda olhando cada estante daqueles estandes. Eu leria cada sinopse de cada livro só para saber que eles existem, para conhece-los e poder compra-los e lê-los depois, um dia.
Talvez seja uma comparação esdruxula demais, mas foi quase como entrar em um campo de futebol e ver seu time arrasando. Foi quase como ver a banda favorita cantando e apontando para você. Talvez até a Bienal, ou, os livros, sejam a minha banda favorita. E cada autor ali represente de alguma forma um cantor com quem eu me identifique. A questão é que não é um gostar que possa ser explicado. (como se algum gostar pudesse! ¬¬) Não quero entrar no âmbito gosto, por não ter muita certeza sobre como argumentar sobre o assunto. Fato é que gostei, que gosto, que me faz bem, que me faz feliz. Feliz de um modo que não se explica, feliz de um modo doentio. Feliz, simplesmente feliz.
O dia passou sem que eu se quer percebesse. Eu andei muito, olhei muitos livros, e só me dei conta de que minhas pernas não estavam mais respondendo quando as 18h minha mãe disse que não aguentava mais andar. Então paramos um pouco e logo depois retomamos, ainda faltava a fila de autógrafos do Ziraldo (que vai vir em uma outa história)!
Só as 21h senti que precisava parar, que era hora de ir para casa, que eu já havia me divertido mais que o suficiente para uma mortal em um dia só. Sai do Rio Centro com três novos livros que poderei chamar de meu. Para alguém que tem um mini biblioteca em expansão em casa foi pouco, claro. Mas sai feliz, como uma criança que ganhou o seu doce preferido. (o que não deixa de ser, com certeza) Na verdade o que importa não são os livros que levei para casa e sim o contato que tive com todos os outros ali. Os que vieram morar comigo são apenas uma consequência de um dia como esse.
Por mim eu moraria os 11 dias de Bienal no Rio Centro, não para comprar livros, mas para ficar entre eles. É uma pena que precisar ser uma pessoa sensata e não poder fazer isso. É a Bienal passou contraditoriamente rápida considerando o tempo que ela demorou a chegar. Tchau Bienal, querida. A gente se vê em dois anos! :)
Só agora entendi que eu jamais conseguiria descrever 9h dentro do Rio Centro em apenas uma história.
Depois do almoço começou de fato o passeio. E é incrível como tudo isso ainda me fascina. Como todo esse mundo é tão difícil de ser explicado. Três pavilhões com mais mais de um milhão de livros. Andar por ali era como estar sob efeito de alguma droga, de algum anestésico. A vontade incontrolável que eu tinha era de comprar absolutamente tudo que eu via pela frente. Tá, isso foi um pouquinho exagerado, mas a vontade que eu tinha ao ver um livro de R$ 3,00 de um assunto que poderia me interessar era certamente essa. Claro que eu sei controlar meu espírito consumista e ser racional o suficiente para comprar o que valia a pena e o que eu tinha certeza que me faria feliz depois.
A maior questão é que naquelas horas que passei ali dentro não consegui senti absolutamente nada além da vontade louca de estar ali. Eu ficaria a vida toda olhando cada estante daqueles estandes. Eu leria cada sinopse de cada livro só para saber que eles existem, para conhece-los e poder compra-los e lê-los depois, um dia.
Talvez seja uma comparação esdruxula demais, mas foi quase como entrar em um campo de futebol e ver seu time arrasando. Foi quase como ver a banda favorita cantando e apontando para você. Talvez até a Bienal, ou, os livros, sejam a minha banda favorita. E cada autor ali represente de alguma forma um cantor com quem eu me identifique. A questão é que não é um gostar que possa ser explicado. (como se algum gostar pudesse! ¬¬) Não quero entrar no âmbito gosto, por não ter muita certeza sobre como argumentar sobre o assunto. Fato é que gostei, que gosto, que me faz bem, que me faz feliz. Feliz de um modo que não se explica, feliz de um modo doentio. Feliz, simplesmente feliz.
O dia passou sem que eu se quer percebesse. Eu andei muito, olhei muitos livros, e só me dei conta de que minhas pernas não estavam mais respondendo quando as 18h minha mãe disse que não aguentava mais andar. Então paramos um pouco e logo depois retomamos, ainda faltava a fila de autógrafos do Ziraldo (que vai vir em uma outa história)!
Só as 21h senti que precisava parar, que era hora de ir para casa, que eu já havia me divertido mais que o suficiente para uma mortal em um dia só. Sai do Rio Centro com três novos livros que poderei chamar de meu. Para alguém que tem um mini biblioteca em expansão em casa foi pouco, claro. Mas sai feliz, como uma criança que ganhou o seu doce preferido. (o que não deixa de ser, com certeza) Na verdade o que importa não são os livros que levei para casa e sim o contato que tive com todos os outros ali. Os que vieram morar comigo são apenas uma consequência de um dia como esse.
Por mim eu moraria os 11 dias de Bienal no Rio Centro, não para comprar livros, mas para ficar entre eles. É uma pena que precisar ser uma pessoa sensata e não poder fazer isso. É a Bienal passou contraditoriamente rápida considerando o tempo que ela demorou a chegar. Tchau Bienal, querida. A gente se vê em dois anos! :)
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Inspiração, cadê você?
Não, eu não abandonei o blog.
Até tenho entrado com frequência aqui. Olhado, lido. Mudado um coisa aqui outra lá.
E não que minha vida tenha parado. Tem até bastante coisa acontecendo ao mesmo tempo. A Bienal esse fim de semana foi ótima!
Mas, a inspiração do lado de cá resolveu tirar férias sem aviso prévio.
Parece que as palavras ão são suficientes para descrever o que precisa ser dito.
Tantas palavras e expressões no mundo, tanta coisa acontecendo, e alguns códigos não tem sido capazes de dizer o que bate dentro do meu coração.
Desculpe, as palavras se calaram, elas não querem me contar o real motivo dos acontecimentos e menos ainda o sentimento que por eles se misturam.
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