1 ano, 5 meses e 1 dia. Tempo suficiente para reconstruir uma vida. Tempo suficiente para aprender costumes, gestos, falas, Tempo suficiente para adquirir confiança, conhecer e entender pessoas.
Hoje eu preciso reconhecer para mim mesma que é SIM tempo suficiente para ter conquistado amigos. Desculpe-me a contradição. Nos últimos meses tudo que tenho falado é da falta que amigos me fazem. Nos últimos meses tudo que tenho feito é reclamado para quem quer ouvir que não me sinto inserida e que amigos são só os que estão há 600km de distancia.
Resolvi parar de ser hipócrita. Cansei de ser vítima. Resolvi olhar para minha realidade e aceitá-la.
Aceitei que todas as pessoas são diferentes e que por mais que seja tudo que eu quero eu nunca vou encontrar amigos como os que tenho em Campinas. Entretanto percebi que isso não vai impedir de que eu encontre amigos. Desculpe-me isso parece obvio demais, todavia, só agora consegui admitir e entender. E, acho... melhor, tenho certeza, que esse que agora chamo com toda convicção de amigos precisam de um reconhecimento.
Foram as duas semanas mais corridas, intensas, e difíceis que eu tive esse período e todas as pessoas que convivem comigo diariamente na Rural não participavam de tudo que eu precisava fazer. Cada uma estava no seu mundo particular de final de período e eu estava em vários mundos ao mesmo tempo. No final dessas duas semanas eu percebi o quanto esses que convivo diariamente me ajudaram, estiveram ao meu lado e fizeram muito mais do que sua obrigação.
Limparam minha parte em casa, estudaram para Teoria II comigo dentro de um Teatro, me ouviram reclamar e me estressar, me aguentaram falando loucamente da prova de carro, se preocuparam em pensar em mim durante a prova, me abraçaram todas as manhãs de cansaço, sorriram e me deram um "Bom Dia" carinhoso que na maioria das vezes me desarmava do estrese, entregaram trabalho, me obrigaram a comer, me levaram doce, me mandaram dormir cedo, me emprestaram computador e internet... Eu poderia listar quantas outras coisas aqui, coisas que somente amigos fazem uns pelos outros.
E não há como agradecer, não há como demostrar, não há como explicar. Eu apenas me sinto na obrigação de pedir desculpas por ter demorado tanto tempo a perceber o quanto você se tornaram essenciais em minha vida. Com certeza se eu não tivesse amigos por perto eu não teria conseguido sobreviver a essas duas últimas semanas... Obrigada, Obrigada, Obrigada.
1 ano, 5 meses e 1 dia. Talvez eu ainda sinta falta, talvez eu sinta saudades para sempre. E é claro que as vezes tudo que eu vou querer são meus amigos de Campinas por perto. Eu sei que ainda há muito o que superar, eu sei que ainda há muito o que aprender. Hoje, eu consigo ver amigos ao meu lado, tudo muito diferente do que eu sempre tive, mas ainda assim amigos. E eu tenho me tornado quem eu sou graças a vocês... Obrigada Amigos Ruralinos! E isso é tudo que eu consigo dizer, mesmo não dizendo quase nada. O maior fato é que são vocês e que palavras são pequenas demais para explicar esse tipo de sentimento.
ps. eu não vou citar nomes nem colocar fotos, posso estar sendo injusta com alguém. Todos vocês sabem que me ajudaram de alguma forma. :)
"O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.” LISPECTOR, Clarice
sexta-feira, 8 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Silêncio que grita
Uma palavra não dita. Um silêncio, que gerou outro silêncio, que gerou outro silêncio maior.
Conforto, menos problemas, desconforto. Como se algo tivesse faltando, e de certa forma, é claro que falta, faltam as palavras!
Entretanto eu descobri que as palavras não dizem quase nada. Eu descobri que o silêncio grita. E gostei dele.
O silêncio é incomodo, é inquietante.
Lembro-me uma vez de dizer em um caderno de memórias que o silencio me incomodou, porque eu desesperadamente gostaria que o sujeito gritasse em meus ouvidos, e ele não o fez. O silencio, na época, me feriu muito mais do que o grito.
E quando essa história toda de silêncio começou talvez tudo que eu quisesse era ferir alguém. As pessoas são diferentes, eu não consegui. O resultado foi o incomodo. Incomodei.
Desculpe-me eu tenho tentado muito falar, reclamar e resolver. Só que eu descobri que o silêncio grita, incomoda e vicia. Vicia. Vicia. Eu já não sei mais viver sem ele por perto e tenho tentado de todas as formas faze-lo ficar longe.
Silêncio. Incomodo. Gritaria. Incomodo do outro lado. Distancia. Silêncio. Vicio. Silêncio. Uma discussão bêbada. Um bem estar momentâneo. Baú. Silêncio. Incomodo.
Se não ficou claro, eu vou tentar ser mais direta. Acontece que uma amizade precisa ser reciproca. E antes que eu continue, me sinto na obrigação de definir "amizade" por se tratar de algo tão abrangente e amplo.
Amizade, na minha concepção, é aquele sentimento que você sente por uma pessoa e que te obriga a compartilhar tudo ao lado dela. Inexplicavelmente. E isso define tudo. Ou, talvez não defina nem metade do que realmente significa. Ou talvez nem seja nada disso. Nem precise ser reciproca, nem precise dividir nada.
Eu estou tentando ser clara, eu juro! O causador de todo um silêncio foi a ausência de uma atitude. Bajulação? Sentir falta de casa para mim é saudade, não drama. Ou, talvez nunca ninguém entenda isso... Porque agora minha casa é aqui etoda aquela merda toda aquela ladainha de sempre.
Plenamente certa eu certamente não estou. Afinal, ninguém é dono de verdade nenhuma. E talvez eu tenha exagerado, ou esperado demais, ou colocado muita fé, ou depositado muita confiança, ou, ou, ou... Talvez.
E as vezes tudo que eu mais queria era ter minha casinha de quarto e cozinha. Mas, na verdade eu só queria ter de volta a amiga que dividia essa casa comigo. Na verdade, a que divide o quarto comigo atualmente eu nem sei quem é. Desculpe-me, eu tentei, sinceramente, não com todas as forças... O silêncio me impediu, a paciência sumiu e, bom eu não também não sou muito de bajulações.
ps. eu sei que o blog é secreto e que eu não deveria ter lido, mas foi apenas um acaso. desculpe-me, mas eu precisei responder da mesma forma que recebi.
Conforto, menos problemas, desconforto. Como se algo tivesse faltando, e de certa forma, é claro que falta, faltam as palavras!
Entretanto eu descobri que as palavras não dizem quase nada. Eu descobri que o silêncio grita. E gostei dele.
O silêncio é incomodo, é inquietante.
Lembro-me uma vez de dizer em um caderno de memórias que o silencio me incomodou, porque eu desesperadamente gostaria que o sujeito gritasse em meus ouvidos, e ele não o fez. O silencio, na época, me feriu muito mais do que o grito.
E quando essa história toda de silêncio começou talvez tudo que eu quisesse era ferir alguém. As pessoas são diferentes, eu não consegui. O resultado foi o incomodo. Incomodei.
Desculpe-me eu tenho tentado muito falar, reclamar e resolver. Só que eu descobri que o silêncio grita, incomoda e vicia. Vicia. Vicia. Eu já não sei mais viver sem ele por perto e tenho tentado de todas as formas faze-lo ficar longe.
Silêncio. Incomodo. Gritaria. Incomodo do outro lado. Distancia. Silêncio. Vicio. Silêncio. Uma discussão bêbada. Um bem estar momentâneo. Baú. Silêncio. Incomodo.
Se não ficou claro, eu vou tentar ser mais direta. Acontece que uma amizade precisa ser reciproca. E antes que eu continue, me sinto na obrigação de definir "amizade" por se tratar de algo tão abrangente e amplo.
Amizade, na minha concepção, é aquele sentimento que você sente por uma pessoa e que te obriga a compartilhar tudo ao lado dela. Inexplicavelmente. E isso define tudo. Ou, talvez não defina nem metade do que realmente significa. Ou talvez nem seja nada disso. Nem precise ser reciproca, nem precise dividir nada.
Eu estou tentando ser clara, eu juro! O causador de todo um silêncio foi a ausência de uma atitude. Bajulação? Sentir falta de casa para mim é saudade, não drama. Ou, talvez nunca ninguém entenda isso... Porque agora minha casa é aqui e
Plenamente certa eu certamente não estou. Afinal, ninguém é dono de verdade nenhuma. E talvez eu tenha exagerado, ou esperado demais, ou colocado muita fé, ou depositado muita confiança, ou, ou, ou... Talvez.
E as vezes tudo que eu mais queria era ter minha casinha de quarto e cozinha. Mas, na verdade eu só queria ter de volta a amiga que dividia essa casa comigo. Na verdade, a que divide o quarto comigo atualmente eu nem sei quem é. Desculpe-me, eu tentei, sinceramente, não com todas as forças... O silêncio me impediu, a paciência sumiu e, bom eu não também não sou muito de bajulações.
ps. eu sei que o blog é secreto e que eu não deveria ter lido, mas foi apenas um acaso. desculpe-me, mas eu precisei responder da mesma forma que recebi.
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